Já são três dias desde o colapso e desabamento da ponte da BR-226, a Belém-Brasília, entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), e as famílias de 13 das vítimas seguem atrás do resgate dos corpos dos desaparecidos. Os mergulhadores do Corpo de Bombeiros do Maranhão abortaram as tentativas logo no primeiro dia, temendo pela segurança, diante do risco de vazamento de ácido sulfúrico, carga de um dos caminhões. As prometidas roupas de mergulho especiais demoraram dois dias para aparecer e somente hoje, com mergulhadores da Marinha, finalmente alguma novidade pode acontecer.
Segundo o capitão dos Portos do Maranhão, Alessandro Domingos Gurski, os mergulhadores especializados iniciariam os mergulhos às 13 horas desta quarta-feira (25) no trecho onde ocorreu a tragédia, no Rio Tocantins. Ele classifica a operação de complexa, razão pela qual dependerá de grande número de mergulhadores e de equipamentos. O local foi mapeado com o uso de sonares.
Os primeiros mergulhos serão para mapear e fazer a marcação exata de onde estão os veículos no fundo do rio. Os mergulhos também vão acontecer de forma escalonada, aumentando a profundidade alcançada gradativamente. O representante da Marinha diz que não há como precisar a duração da operação, nem em quanto tempo poderão ser resgatados todos os corpos.
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Na terça-feira (24), véspera do Natal, familiares e amigos dos desaparecidos promoveram várias manifestações de revolta na cidade de Estreito, indignadas com a falta de respostas das autoridades e de ação mais efetiva. Na visão deles, as autoridades com poder para fazerem os equipamentos de segurança para mergulhadores chegarem estavam sendo negligentes.
Naquele dia, as buscas se restringiram à navegação feita por bombeiros e militares da Marinha, percorrendo as margens do rio, mas sem mergulho. A inexistência das roupas adequadas e seguras para os mergulhadores deixou os familiares indignados. (Da Redação)