Correio de Carajás

Travesti se finge de morta pra escapar de agressores

Está internada no Hospital Municipal de Marabá (HMM), a travesti identificada pela reportagem apenas como “Dani”. Ela foi vítima de agressão na madrugada do último sábado (28), no Bairro Liberdade, Núcleo Cidade Nova. Até agora não estão bem explicados os motivos da agressão, se é que há motivos para isso. O que se sabe é que “Dani” teve de se fingir de morta para que seus agressores a deixassem em paz.

De acordo com informações que circulam pelos grupos de WhatsApp na cidade, “Dani” estaria bebendo em companhia de dois rapazes na madrugada de sábado, próximo à residência do militante LGBT Sandro Martins, que foi assassinado em outubro do ano passado. Mas não é possível dizer se esses dois homens tiveram algo a ver com o atentado contra a vida de “Dani”.

Uma foto que também circula pelas redes sociais revela a gravidade dos ferimentos. Há cortes no pescoço, feitos por objetos perfurantes, na parte superior do tórax, no rosto, hematomas nos olhos e ela também está com a cabeça enfaixada, dando a entender que foi agredida principalmente na cabeça, o que leva a crer que leva a crer que os agressores tinham realmente intenção de assassinar a vítima.

Leia mais:

Violência crescente

Entre os anos de 2010 e 2016, o Brasil matou ao menos 760 travestis e transexuais. O dado foi publicado pela ONG Transgender Europe (TGEu) no finalzinho de 2016 e é assustador e coloca o País, disparado, no topo do ranking de países com mais registros de homicídios de pessoas transgêneras. Mas, apesar disso, não representa novidade para essa parcela quase invisível da sociedade brasileira, que precisa resistir a uma rotina de exclusão e violência.

#ANUNCIO

De acordo com o relatório da TGEu, o Brasil registra, em números absolutos, mais que o triplo de assassinatos do segundo colocado, que é o México, onde foram contabilizadas 256 mortes entre janeiro de 2008 e julho de 2016. Em números relativos, quando se olha o total de assassinatos de trans para cada milhão de habitantes, o Brasil fica em quarto lugar, atrás apenas de Honduras, Guiana e El Salvador.

Segundo matéria publicada pelo Correio Braziliense, algumas razões explicam esse cenário de violência no Brasil e em outros países da América Latina, região que reúne 78% dos homicídios relatados no documento. Entre os motivos, estão grandes níveis de violência no contexto histórico (colonialismo, escravidão, ditaduras), alta vulnerabilidade de transexuais na prostituição e a falha do Estado em prevenir e investigar esses crimes.

Saiba Mais

Segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), as denúncias de violência contra lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis aumentaram 94% no país entre 2015 e 2016. Os casos incluem também abusos psicológicos, discriminação e violência sexual.

(Chagas Filho)

Está internada no Hospital Municipal de Marabá (HMM), a travesti identificada pela reportagem apenas como “Dani”. Ela foi vítima de agressão na madrugada do último sábado (28), no Bairro Liberdade, Núcleo Cidade Nova. Até agora não estão bem explicados os motivos da agressão, se é que há motivos para isso. O que se sabe é que “Dani” teve de se fingir de morta para que seus agressores a deixassem em paz.

De acordo com informações que circulam pelos grupos de WhatsApp na cidade, “Dani” estaria bebendo em companhia de dois rapazes na madrugada de sábado, próximo à residência do militante LGBT Sandro Martins, que foi assassinado em outubro do ano passado. Mas não é possível dizer se esses dois homens tiveram algo a ver com o atentado contra a vida de “Dani”.

Uma foto que também circula pelas redes sociais revela a gravidade dos ferimentos. Há cortes no pescoço, feitos por objetos perfurantes, na parte superior do tórax, no rosto, hematomas nos olhos e ela também está com a cabeça enfaixada, dando a entender que foi agredida principalmente na cabeça, o que leva a crer que leva a crer que os agressores tinham realmente intenção de assassinar a vítima.

Violência crescente

Entre os anos de 2010 e 2016, o Brasil matou ao menos 760 travestis e transexuais. O dado foi publicado pela ONG Transgender Europe (TGEu) no finalzinho de 2016 e é assustador e coloca o País, disparado, no topo do ranking de países com mais registros de homicídios de pessoas transgêneras. Mas, apesar disso, não representa novidade para essa parcela quase invisível da sociedade brasileira, que precisa resistir a uma rotina de exclusão e violência.

#ANUNCIO

De acordo com o relatório da TGEu, o Brasil registra, em números absolutos, mais que o triplo de assassinatos do segundo colocado, que é o México, onde foram contabilizadas 256 mortes entre janeiro de 2008 e julho de 2016. Em números relativos, quando se olha o total de assassinatos de trans para cada milhão de habitantes, o Brasil fica em quarto lugar, atrás apenas de Honduras, Guiana e El Salvador.

Segundo matéria publicada pelo Correio Braziliense, algumas razões explicam esse cenário de violência no Brasil e em outros países da América Latina, região que reúne 78% dos homicídios relatados no documento. Entre os motivos, estão grandes níveis de violência no contexto histórico (colonialismo, escravidão, ditaduras), alta vulnerabilidade de transexuais na prostituição e a falha do Estado em prevenir e investigar esses crimes.

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Segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), as denúncias de violência contra lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis aumentaram 94% no país entre 2015 e 2016. Os casos incluem também abusos psicológicos, discriminação e violência sexual.

(Chagas Filho)