Um novo tipo de tratamento oncológico foi capaz de ajudar a britânica Alyssa, de apenas 13 anos de idade, a reverter um câncer considerado terminal. A garota foi diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda das células T em 2021 e já havia tentado quimioterapia e um transplante de medula óssea sem sucesso. Após seis meses do tratamento, o câncer de Alyssa está indetectável.
O tratamento usado na paciente é conhecido como “edição de DNA” e permite que os cientistas modifiquem uma parte muito precisa do código genético. A britânica recebeu células geneticamente modificadas de um voluntário saudável, que estavam projetadas para combater as células cancerígenas dela.
O médico Robert Chiesa, responsável pelo tratamento no Great Ormond Street, elogiou a coragem de Alyssa, primeira paciente submetida ao método. “É extremamente emocionante. Obviamente, este é um novo campo da medicina e é fascinante que possamos redirecionar o sistema imunológico para combater o câncer.”
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A leucemia linfoblástica aguda é o câncer pediátrico mais comum e também afeta adultos de todas as idades.
Em uma medula saudável, as células T se tornam maduras por meio de um processo chamado “diferenciação”. Em pessoas com leucemia linfoide aguda (LLA), há um erro genético que impede o amadurecimento delas. As células danificadas se proliferam e, no estágio mais avançado, o corpo já não fabrica mais células saudáveis.
Em 28 dias, o câncer de Alyssa estava em remissão, o que lhe permitiu receber um novo transplante de medula.
Segundo os especialistas responsáveis pelo tratamento, a tecnologia é apenas o início do que a edição de DNA pode alcançar. David Liu, um dos inventores da técnica, diz que é uma experiência de humildade poder fazer parte desta era da edição terapêutica de genes humanos. “A ciência está dando passos importantes para assumir o controle de nossos genomas”, comemorou.
(Fonte: Metrópoles)