📅 Publicado em 10/10/2025 09h12✏️ Atualizado em 10/10/2025 09h13
O deslocamento até o trabalho é uma rotina que afeta diretamente a qualidade de vida dos marabaenses, e do povo brasileiro como um todo. Em algumas cidades, o trajeto é curto e rápido, em outras, o percurso pode tomar horas do dia. Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram como se dá a realidade da locomoção em municípios como Marabá e Parauapebas e, também, no Brasil.
Segundo os dados do IBGE, em Marabá, 39% da população levam de 15 minutos até meia hora para chegar ao destino final. Apenas 10% levam até cinco minutos para chegar ao trabalho, o que indica que uma pequena parcela mora muito próxima do local onde exerce suas atividades. Outros 28% gastam de seis a 15 minutos.
A pesquisa revela que os trajetos mais longos atingem uma parcela menor da população. Cerca de 15% enfrentam deslocamentos que duram entre meia e uma hora, mas o número ainda representa a quarta maior estimativa. Os dados mostram ainda que 5% gastam de uma a duas horas para chegar ao trabalho. Há quem precise de mais tempo. Exatamente 1% dos trabalhadores enfrenta percursos entre duas e quatro horas, e outro 1% percorre mais de quatro horas no trajeto diário.
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Em Marabá, os números mostram que a maioria consegue realizar o deslocamento em até meia hora, mas ainda há grupos que enfrentam jornadas de transporte mais longas, especialmente em regiões periféricas ou em áreas industriais e rurais.
Com uma população estimada em mais de 300 mil habitantes, em Parauapebas a situação é um pouco diferente. Conforme o IBGE, o número de pessoas que conseguem chegar rapidamente ao trabalho é menor, correspondendo a apenas 7% dos que gastam até cinco minutos no deslocamento. O levantamento revela que 22% levam de seis a 15 minutos, e o maior grupo corresponde a 29%, que levam de 15 minutos até meia hora, o que indica que uma parte significativa dos trabalhadores vive relativamente próxima ao trabalho, mas enfrenta condições de trânsito mais intensas do que as de Marabá.
A diferença mais marcante aparece nos trajetos longos. Em Parauapebas, 19% dos trabalhadores levam de meia a uma hora para chegar ao emprego, e outros 19% gastam de uma a duas horas, o dobro do registrado em Marabá para a mesma faixa de tempo. Já 3% precisam de mais de duas horas, enquanto deslocamentos de quatro horas praticamente não existem no município.
O retrato mostra que o tempo gasto no deslocamento em Parauapebas é, em média, maior. O crescimento urbano acelerado e o trânsito cada vez mais intenso, especialmente nas áreas próximas aos complexos de mineração, ajudam a explicar esse cenário.
Os dados do Censo 2022 mostram que o padrão de deslocamento no país se mantém estável quando comparado ao ano de 2010. Dois em cada três brasileiros gastam até 30 minutos para chegar ao trabalho, percentual praticamente igual ao registrado há mais de uma década.
O levantamento também revela os principais meios de transporte utilizados pelos trabalhadores, sendo o carro particular o mais comum, seguido pelo ônibus, usado por 21% dos brasileiros, e por deslocamentos a pé, com 18%.
O tempo gasto no deslocamento não é apenas uma questão de distância: ele reflete as condições de infraestrutura urbana, o acesso ao transporte público e a forma como as cidades se expandem. Trajetos longos podem aumentar o cansaço, reduzir a produtividade e afetar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
Nos municípios de Marabá e Parauapebas, os dados numéricos mostram diferenças significativas, mas há um ponto em comum: a mobilidade urbana ainda continua sendo um desafio e deve ser olhada de maneira mais ampla pelos órgãos públicos.
(Com informações do G1)