Correio de Carajás

Tragédia com 67 mortos: as questões em aberto sobre a colisão entre avião e helicóptero

Jato da American Airlines partiu do Kansas e estava próximo do pouso, quando sofreu acidente com colisão em helicóptero. Ainda não se sabe ainda o que provocou o acidente e autoridades informaram que não acreditam que haja sobreviventes.

Foto: Andrew Caballero-Reynolds/ AFP

Uma colisão no ar, a poucos minutos do aeroporto, sobre um rio congelado, com militares envolvidos e em plena capital da maior potêncial mundial.

Uma série de particularidades envolve a batida entre um avião comercial da American Airlines e um helicóptero da Força Aérea dos Estados Unidos, na noite de quarta-feira (29). A colisão aconteceu perto de Washington, a capital dos Estados Unidos, nos arredores da Casa Branca.

Autoridades ainda não haviam divulgado as causas prováveis da colisão, mas especialistas questionam como uma colisão desse tipo pode ter ocorrido nas circunstâncias e no local onde aconteceu.

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Veja, abaixo, as principais dúvidas e o que já se sabe sobre a batida.

O avião e o helicóptero estavam na rota prevista?

 

Sim, segundo as autoridades. O secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, o avião da American Airlines estava seguindo o plano de voo e não havia nada de incomum na rota do helicóptero antes do acidente.

Duffy afirmou ainda que, antes do acidente, tudo estava dentro do padrão.

A torre avisou as aeronaves de que estavam na mesma rota?

 

Ainda de acordo com o secretário de Transportes, não houve qualquer falha de comunicação entre as aeronaves e a torre de controle de tráfego aéreo.

Áudios da comunicação com a torre de controle foram divulgados logo após o acidente e, neles, o agente da torre alerta o helicóptero militar de que havia um avião na rota e pede que o piloto do helicóptero alterasse o caminho.

 

“Dê a volta, mantenha a três mil pés agora, voe de volta”, diz o controlador ao piloto do helicóptero. No entanto, o áudio não deixa claro se há uma resposta do helicóptero.

Apesar disso, o secretário de transportes afirmou que não houve nenhuma falha de comunicação.

De acordo com Sean Duffy, tanto o helicóptero quanto o avião estavam voando em padrões normais e que “tudo era padrão antes do acidente”, ressaltando que helicópteros militares dos Estados Unidos voam rotineiramente para cima e para baixo no rio Potomac, onde o acidente aconteceu.

“As trajetórias de voo do avião e do helicóptero não eram incomuns para o que acontece no espaço aéreo de DC”.

O secretário ainda ressaltou que não houve nenhuma falha na comunicação entre o helicóptero militar, o avião e a torre de controle de tráfego aéreo.

Após o acidente, o áudio da comunicação foi divulgado e mostra a torre de controle alertando o helicóptero de que havia um avião na rota. Na sequência, a torre faz o aviso da colisão.

Ao fim de sua fala, Duffy ainda disse que acreditava que o acidente era evitável.

Eu acho que era absolutamente evitável.

Há a hipótese de terrorismo?

 

Apesar de a colisão ter ocorrido na capital norte-americana e sem uma causa aparente até agora, autoridades não falaram sobre a hipótese de terrorismo. Mas fontes do FBI disseram à rede de TV norte-americana NBC que a hipótese foi descartada.

Colisão

 

As duas aeronaves colidiram próximo ao aeroporto em Washington e, segundo as autoridades, ninguém sobreviveu.

O acidente aconteceu na noite desta quarta-feira (29) depois da colisão de um avião comercial da empresa American Airlines que transportava 64 pessoas, entre passageiros e tripulantes, e um helicóptero militar com três pessoas.

Apesar disso, as autoridades não apontaram o que pode ter acontecido que levou ao acidente. Na coletiva, informaram que está sendo feita uma investigação sobre as causas. O Pentágono também disse que estava iniciando uma investigação.

Antes das declarações, logo após o acidente, em uma publicação no Truth Social, o presidente Donald Trump questionou as ações da tripulação do helicóptero e dos controladores de tráfego aéreo no que ele descreveu como uma noite clara.

“Esta é uma situação ruim que parece que deveria ter sido evitada. NÃO É BOM!!!”, ele escreveu.

 

A American Airlines informou que está colaborando com as investigações e que o piloto na aeronave era experiente. O capitão do voo estava há seis anos na companhia e o primeiro oficial estava há dois anos.

Na coletiva, as autoridades informaram que os destroços das aeronaves foram encontradas e que o avião está em três partes no rio, com água acima da cintura. Por isso, entre outras condições, disseram que não há sobreviventes e que agora estão focados no resgate dos corpos.

Colisão pouco antes do pouso

 

O avião envolvido na colisão é um Bombardier CRJ700, com capacidade para 65 pessoas e utilizado para voos regionais. De acordo com as autoridades, era um voo da American Airlines que partiu de Wichita, no Kansas, com destino a Washington.

A batida aconteceu quando o avião estava a poucos metros da pista, momentos antes de pousar. A American Airlines confirmou que se trata de uma aeronave da companhia.

“Estamos cooperando com o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes em sua investigação e continuaremos a fornecer todas as informações que pudermos”, disse o CEO da companhia aérea, Robert Isom.

 

O helicóptero é um modelo Sikorsky UH-60 Black Hawk, usado pelas Forças Armadas dos Estados Unidos. Segundo o Exército americano, nenhum militar sênior estava a bordo.

Todos os pousos e decolagens foram suspensos no aeroporto, que fica a apenas 6 km do centro de Washington, D.C., onde está a Casa Branca.

Um avião com 64 pessoas a bordo e um helicóptero militar com 3 soldados bateram no ar em Washington, perto de aeroporto — Foto: Kevin Wolf/AP
Um avião com 64 pessoas a bordo e um helicóptero militar com 3 soldados bateram no ar em Washington, perto de aeroporto — Foto: Kevin Wolf/AP

Colisão entre jato comercial e helicóptero mobiliza socorristas em Washington, D.C., em 29 de janeiro de 2025 — Foto: AP Photo/Alex Brandon
Colisão entre jato comercial e helicóptero mobiliza socorristas em Washington, D.C., em 29 de janeiro de 2025 — Foto: AP Photo/Alex Brandon

Trump

 

Em pronunciamento sobre o caso, Trump também acusou ainda as gestões democratas anteriores de terem deteriorado o setor da aviação com contratações abaixo da qualificação exigida e políticas de diversidade.

“Meu governo terá os padrões mais altos na aviação. Temos que ter as pessoas mais espertas. Não importa quem são, de qual cor são ou no que acreditam, é preciso ter talento, talento natural e ser gênios”, disse o presidente no pronunciamento, feito na Casa Branca.

(Fonte:G1)