Na tarde de ontem, segunda-feira (3), após receber informação de que um bando de assaltantes voltava da cidade de Abel Figueiredo com destino a Marabá, as Polícias Civil e Militar conseguiram prender seis pessoas acusadas de assalto e também de tráfico de drogas. Foram aprendidos com eles, cerca de 2 kg de maconha, dois revólveres de calibre 38 e uma espingarda calibre 12. Um deles era um perigoso homicida que estava foragido.
Os acusados são Dheifesson Rodrigues Dos Santos, de 22 anos, morador do Residencial Tiradentes (São Félix); Ítala Vitória Pereira da Silva, de 19, residente na Travessa Barão Rio Branco (Velha Marabá); Manoel Pedro Araújo Salles, 22, Rua Magalhães Barata (Velha Marabá); Geovane Nascimento Macedo, 21 anos, morador da Folha 11 (Nova Marabá); Felipe de Oliveira Pedreira, 27 anos, que mora na Rua 5 de abril (Velha Marabá); e Rafaela Vieira Silva, conhecida como “Rafa”.
Eles foram todos conduzidos para a 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil em Marabá, onde foram autuados pelos crimes de associação criminosa, porte ilegal de armas de fogo e tráfico de drogas. Todos serão levados para audiência de custódia na manhã desta terça-feira (4), quando o juiz decidirá se manterá ou não o flagrante.
Leia mais:De acordo com o cabo Morais, comandante do Posto Policial Destacado (PPD) de Morada Nova, os elementos estariam, na verdade, tentando fazer uma “saidinha” em Abel Figueiredo. “Soubemos que dentro do veículo teria um foragido e que eles teriam armas… Nos deslocamos para um ponto estratégico e foi feita a abordagem. Para nossa surpresa o foragido era o ‘Manoelzinho’ (Manoel Pedro), que já é um velho conhecido da polícia”, relata o cabo Morais, explicando que o acusado em questão é foragido do Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (Crama).
Ainda de acordo com a polícia, quando foi determinado a parada do carro, para realização da abordagem, um dos acusados que estavam dentro do veículo tentou se evadir do local, porém caiu próximo ao automóvel, momento em que a equipe de policiais o reconheceu como “Manoelzinho”.
Na abordagem, foram presas cinco pessoas e apreendidos dois revólveres calibre 38 em poder dos acusados. Ainda de acordo com o militar, ao ser abordado pelos policiais, o acusado “Manoelzinho” confessou que tinha uma arma (uma espingarda calibre 12) escondida em uma casa no Residencial Tiradentes. A guarnição se deslocou até o local indicado, onde foi preso o sexto acusado.
Além disso, a acusada Rafaela confessou que tinha uma grande quantidade de maconha escondida em uma casa na Folha 11 (Nova Marabá). Lá foi encontrada toda a maconha. De posse das provas materiais, os policiais levaram o bando para a 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, para lavrar o flagrante. “O Manoelzinho voltou para a cadeia, lugar de onde ele jamais deveria ter saído”, sentencia o policial.
Sobre a ação criminosa do bando em Abel Figueiredo, o cabo Morais disse ter recebido a informação de que eles pretendiam roubar um malote de dinheiro que sairia de um posto de combustíveis para a agência bancária de Abel, mas possivelmente se perderam em relação ao horário e deram meia volta.
MANOELZINHO
O jornal tentou ouvir os acusados, mas eles não quiserem falar sobre o assunto. Alguns disseram que nada tinham a ver nem com a droga e muito menos com o assalto. Apenas “Manoelzinho” confessou tudo. Disse que a espingarda estava com ele e a droga também.
A espingarda apreendida pela polícia foi usada por “Manoelzinho” quando ele conseguiu fugir do Crama, no dia 26de junho deste ano, naquela que foi considerada a maior fuga já registrada em Marabá. Na ocasião nada menos de 56 presos conseguiram escapar. Inclusive, um policial militar foi baleado por um dos detentos fujões.
“Manoelzinho” cumpria pena no Crama pelo crime de homicídio qualificado, que foi julgado pela 3ª Vara Criminal de Marabá. Ele matou uma pessoa a sangue frio na Marabá Pioneira. Mas sua ficha corrida não para por aí. Na 1ª Vara criminal de Parauapebas, ele responde por tráfico de drogas e condutas afins.
Perguntado se a maconha apreendida era mesmo para ser comercializada em bocas de fumo de Marabá ou seria apenas para consumo, o acusado respondeu cinicamente: “É pra usar, é pra vender; só não é pra jogar fora”. (Chagas Filho com informações de Evangelista Rocha e Josseli Carvalho)