Nesta terça-feira, 1º, trabalhadores do Distrito Industrial de Marabá não conseguem chegar às empresas por causa do bloqueio no meio do trajeto, na Rodovia PA-155, provocado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que não aceitam o resultado das eleições do último domingo, dia 30 de outubro.
A maioria dos funcionários, que se deslocam em ônibus das empresas para as quais trabalham, estão amontados próximos à rotatória do Km 6, por causa da manifestação. Entre eles, a Reportagem do CORREIO DE CARAJÁS conversou com Josivon da Conceição Santos, caldeireiro em uma empresa que presta serviços para a mineradora Vale. “Eu não concordo (com o que tá acontecendo) de maneira alguma, isso aí tira o direito de ir e vir das pessoas. Se eles querem reclamar alguma coisa, não poderia ser assim”, assevera.
Para ele, os transtornos causados pela manifestação afetam principalmente os trabalhadores que precisam cumprir ordens das empresas onde são fichados: “Quem tá fichado tem que cumprir ordem da empresa, os meninos aí cansados, mas mesmo assim estão aqui. Com trabalho a gente vai pra frente, se não…”, desabafa.
Leia mais:Incertos se conseguiriam ou não chegar ao destino, dezenas de operários aguardam o momento em que o direito de ir e vir será reestabelecido. Enquanto isso, alguns tentam atravessar a barreira de mototáxi, enquanto outros aguardam uma solução, que Josivon acredita ser de responsabilidade de quem está no alto escalão em Brasília.
“Era procurar os competentes, os caras maiores em Brasília né?! Em Brasília eles vão lá e fazem o que querem, mas tirar o direito de a gente ir e vir aí tá totalmente errado. Nos prejudica demais”. (Luciana Araújo e Thays Araujo)