Um dos mais concorridos do Brasil, o curso de medicina também é o sonho de muitos marabaenses que ainda estão no ensino médio. No entanto, conseguir uma vaga na universidade é uma das missões mais árduas dos vestibulandos, uma vez que requer muita dedicação e persistência por parte do candidato. Para jovens como Otávio Sousa Rodrigues, de apenas 16 anos, porém, ingressar na profissão vale todo e qualquer sacrifício.
Ele cursa a terceira série do segundo grau no colégio Futuro Educacional e contou à reportagem que está focado na medicina e que nem sequer cogita se graduar em outra área. “Para mim, não tem outra opção. Eu só penso em medicina”. Otávio diz que desde pequeno foi inspirado pelo padrinho a seguir a profissão.
“No Brasil, o ingresso no mercado de trabalho para quem tem um diploma de medicina fica mais facilitado. Então, isso é uma das razões que me faz querer ser médico”. O estudante falou também que para alcançar seu objetivo tem se dedicado mais aos estudos e que conta com total apoio dos pais. “Eu tento manter uma rotina de estudos em casa, fazendo exercícios, complementando o que recebo na escola”.
Leia mais:Já Adalberto Alves Moreira Neto, também de 16 anos, conta que a possibilidade de poder ajudar outras pessoas é seu principal incentivo. “E também tem os projetos que envolvem o curso, como o ‘Medicina sem Fronteiras’, assistência à comunidade, porque o nosso país tem uma grande deficiência na área da saúde”. O aluno revelou também que tem se desenvolvido bem na escola e que vai buscar uma vaga em uma universidade pública, porque não tem condições de arcar com uma faculdade privada.
O jovem ainda destacou o quanto é importante ter um cronograma de atividades fora do colégio, para se aprofundar nas áreas de conhecimento que são cobradas no Enem 2017. “Quando você estuda só no colégio, está apenas recebendo informações. Então, quando chega em casa tem que revisar os conteúdos e estudar outros, além de fazer exercícios”, lembrou.
Lorrane da Silva Cardoso, 17 anos, vem se preparando há alguns anos para a graduação. Seu sonho é cursar medicina em uma universidade pública, como a UEPA (Universidade Estadual do Pará) ou a UFPA (Universidade Federal do Pará). “Desde o fundamental dois tenho toda uma preparação para que hoje eu possa tentar de uma maneira mais confiante esse curso. Não é uma preparação de um ano, são três anos aqui já e tem toda uma rotina de estudos com acompanhamento personalizado”.
Segundo ela, o acompanhamento não é feito somente dentro da escola, já que estuda todos os dias em casa. A estudante disse à reportagem que se priva de muitas coisas, mas que crê que a recompensa vai valer a pena. Lorrane destacou tabmém o quanto é importante ter um cronograma bem organizado, com horário para estudo, almoço e descanso.
Saiba Mais – Para se inscrever no Prosel 2018 (Processo Seletivo da Uepa) basta acessar o site www2.uepa.br/prosel/
Distribuição dos profissionais de medicina no País é desigual
Embora, o número de profissionais da medicina tenha aumentado significativamente de 1970 a 2015, existem regiões do Brasil que ainda são carentes destes profissionais. Segundo dados da pesquisa Demografia Médica no Brasil, publicada em 2015 pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), as cidades com mais de 500 mil habitantes concentram mais de 60% de todos os médicos do país. O estudo revela ainda que o Pará conta com menos de 1% de médicos por habitantes.
Para o diretor do Grupo Futuro Educacional, Raimundo Nonato Araújo Júnior, a carência na área da saúde é mais perceptível no interior do estado. Segundo ele, nem todos estão dispostos a se graduar em medicina devido à dificuldade e ao custo elevado.
“O curso de medicina é bem pesado, longo. Então, a escolha é feita por afinidade mesmo e logo no início da vida acadêmica do estudante”, afirma, estimando que a formação de um médico leve até 8 anos. “No mundo inteiro, existe uma carência de médicos. No Brasil, contudo, a carência é bem maior. Tanto que o governo federal foi buscar em Cuba uma complementação desses profissionais para atender a demanda, o que ainda não é suficiente”, avalia.
UEPA
A primeira turma de medicina da UEPA já se forma em agosto de 2019 e, de acordo com Danielle Monteiro, coordenadora da unidade em Marabá, a instituição tem um método de ensino diferenciado. Segundo ela, desde o início do curso, os estudantes vivenciam atendimentos em postos de saúde. A graduação de seis anos tem 100 alunos na universidade estadual, dividos em cinco turmas.
De acordo com a coordenadora, é preciso que os alunos fiquem atentos aos prazos para se inscrever nas graduações. “A entrada na universidade para qualquer curso aqui do campus da UEPA, incluindo a medicina, para cursar é preciso fazer o ENEM e se inscrever no Prosel. As inscrições começam agora em 19 de outubro e vai até 16 de novembro. No processo seletivo é que se escolhe o curso pretendido”, diz.
O estudante Sérgio Magalhães Brito, 26 anos, é de Belém e está em Marabá há quatro anos fazendo o curso. Ele contou que sempre gostou de medicina, porque tem médicos na família e foi inspirado por eles. Porém que não é fácil formar-se na área.
“O curso não é fácil, precisa de uma dedicação exclusiva. Então essas dificuldades têm desde o momento em que você entra. Tivemos um momento de dificuldade, pelo fato da estrutura ainda não estar organizada, mas sempre tem o apoio dos professores que nos incentivam a estudar muito”. O jovem procura fazer estágios em hospitais, estudar livros recomendados pelos professores e artigos científicos para complementar o curso, além de ser presidente de duas ligas estudantis na UEPA.
O médico cardiologista e professor da UEPA, Alexandre Rocha, está a 18 anos na carreira. Segundo ele, geralmente, os alunos que cursam medicina na universidade tiveram que estudar bastante para chegar lá. “Todos tiveram que passar pelo critério da meritocracia. Depois de muito estudo, conseguiram passar em uma universidade pública para fazer o curso de medicina”. (Nathália Viegas com informações de Josseli Carvalho)
Um dos mais concorridos do Brasil, o curso de medicina também é o sonho de muitos marabaenses que ainda estão no ensino médio. No entanto, conseguir uma vaga na universidade é uma das missões mais árduas dos vestibulandos, uma vez que requer muita dedicação e persistência por parte do candidato. Para jovens como Otávio Sousa Rodrigues, de apenas 16 anos, porém, ingressar na profissão vale todo e qualquer sacrifício.
Ele cursa a terceira série do segundo grau no colégio Futuro Educacional e contou à reportagem que está focado na medicina e que nem sequer cogita se graduar em outra área. “Para mim, não tem outra opção. Eu só penso em medicina”. Otávio diz que desde pequeno foi inspirado pelo padrinho a seguir a profissão.
“No Brasil, o ingresso no mercado de trabalho para quem tem um diploma de medicina fica mais facilitado. Então, isso é uma das razões que me faz querer ser médico”. O estudante falou também que para alcançar seu objetivo tem se dedicado mais aos estudos e que conta com total apoio dos pais. “Eu tento manter uma rotina de estudos em casa, fazendo exercícios, complementando o que recebo na escola”.
Já Adalberto Alves Moreira Neto, também de 16 anos, conta que a possibilidade de poder ajudar outras pessoas é seu principal incentivo. “E também tem os projetos que envolvem o curso, como o ‘Medicina sem Fronteiras’, assistência à comunidade, porque o nosso país tem uma grande deficiência na área da saúde”. O aluno revelou também que tem se desenvolvido bem na escola e que vai buscar uma vaga em uma universidade pública, porque não tem condições de arcar com uma faculdade privada.
O jovem ainda destacou o quanto é importante ter um cronograma de atividades fora do colégio, para se aprofundar nas áreas de conhecimento que são cobradas no Enem 2017. “Quando você estuda só no colégio, está apenas recebendo informações. Então, quando chega em casa tem que revisar os conteúdos e estudar outros, além de fazer exercícios”, lembrou.
Lorrane da Silva Cardoso, 17 anos, vem se preparando há alguns anos para a graduação. Seu sonho é cursar medicina em uma universidade pública, como a UEPA (Universidade Estadual do Pará) ou a UFPA (Universidade Federal do Pará). “Desde o fundamental dois tenho toda uma preparação para que hoje eu possa tentar de uma maneira mais confiante esse curso. Não é uma preparação de um ano, são três anos aqui já e tem toda uma rotina de estudos com acompanhamento personalizado”.
Segundo ela, o acompanhamento não é feito somente dentro da escola, já que estuda todos os dias em casa. A estudante disse à reportagem que se priva de muitas coisas, mas que crê que a recompensa vai valer a pena. Lorrane destacou tabmém o quanto é importante ter um cronograma bem organizado, com horário para estudo, almoço e descanso.
Saiba Mais – Para se inscrever no Prosel 2018 (Processo Seletivo da Uepa) basta acessar o site www2.uepa.br/prosel/
Distribuição dos profissionais de medicina no País é desigual
Embora, o número de profissionais da medicina tenha aumentado significativamente de 1970 a 2015, existem regiões do Brasil que ainda são carentes destes profissionais. Segundo dados da pesquisa Demografia Médica no Brasil, publicada em 2015 pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), as cidades com mais de 500 mil habitantes concentram mais de 60% de todos os médicos do país. O estudo revela ainda que o Pará conta com menos de 1% de médicos por habitantes.
Para o diretor do Grupo Futuro Educacional, Raimundo Nonato Araújo Júnior, a carência na área da saúde é mais perceptível no interior do estado. Segundo ele, nem todos estão dispostos a se graduar em medicina devido à dificuldade e ao custo elevado.
“O curso de medicina é bem pesado, longo. Então, a escolha é feita por afinidade mesmo e logo no início da vida acadêmica do estudante”, afirma, estimando que a formação de um médico leve até 8 anos. “No mundo inteiro, existe uma carência de médicos. No Brasil, contudo, a carência é bem maior. Tanto que o governo federal foi buscar em Cuba uma complementação desses profissionais para atender a demanda, o que ainda não é suficiente”, avalia.
UEPA
A primeira turma de medicina da UEPA já se forma em agosto de 2019 e, de acordo com Danielle Monteiro, coordenadora da unidade em Marabá, a instituição tem um método de ensino diferenciado. Segundo ela, desde o início do curso, os estudantes vivenciam atendimentos em postos de saúde. A graduação de seis anos tem 100 alunos na universidade estadual, dividos em cinco turmas.
De acordo com a coordenadora, é preciso que os alunos fiquem atentos aos prazos para se inscrever nas graduações. “A entrada na universidade para qualquer curso aqui do campus da UEPA, incluindo a medicina, para cursar é preciso fazer o ENEM e se inscrever no Prosel. As inscrições começam agora em 19 de outubro e vai até 16 de novembro. No processo seletivo é que se escolhe o curso pretendido”, diz.
O estudante Sérgio Magalhães Brito, 26 anos, é de Belém e está em Marabá há quatro anos fazendo o curso. Ele contou que sempre gostou de medicina, porque tem médicos na família e foi inspirado por eles. Porém que não é fácil formar-se na área.
“O curso não é fácil, precisa de uma dedicação exclusiva. Então essas dificuldades têm desde o momento em que você entra. Tivemos um momento de dificuldade, pelo fato da estrutura ainda não estar organizada, mas sempre tem o apoio dos professores que nos incentivam a estudar muito”. O jovem procura fazer estágios em hospitais, estudar livros recomendados pelos professores e artigos científicos para complementar o curso, além de ser presidente de duas ligas estudantis na UEPA.
O médico cardiologista e professor da UEPA, Alexandre Rocha, está a 18 anos na carreira. Segundo ele, geralmente, os alunos que cursam medicina na universidade tiveram que estudar bastante para chegar lá. “Todos tiveram que passar pelo critério da meritocracia. Depois de muito estudo, conseguiram passar em uma universidade pública para fazer o curso de medicina”. (Nathália Viegas com informações de Josseli Carvalho)