A tocha da Olimpíada de Tóquio 2020 foi acesa pelos raios do sol na antiga Olímpia nesta quinta-feira (12) para marcar o início da caminhada final rumo aos jogos de 24 de julho a 9 de agosto, que estão atualmente em dúvida por causa da pandemia de coronavírus.
A atriz Xanthi Georgiou, no papel da alta sacerdotisa, usou um espelho parabólico em uma cerimônia discreta e sem espectadores realizada no local da antiga Olimpíada grega para acender a chama e marcar o início do revezamento da tocha, que será entregue aos organizadores da Tóquio 2020 em Atenas no dia 19 de março.
Os organizadores dos Jogos de Tóquio, assim como o Comitê Olímpico Internacional (COI), insistem que o evento seguirá adiante tal como planejado, em meio à especulação crescente de que este poderia ser cancelado ou adiado agora que o vírus está se espalhando rapidamente pelo globo.
Leia mais:“Dezenove semanas antes da cerimônia de abertura dos Jogos, estamos fortalecidos em nosso compromisso de muitas… organizações de todo o mundo que adotam medidas significativas para conter a disseminação do coronavírus”, disse o presidente do COI, Thomas Bach.
“Os Jogos de Tóquio são preparados por uma equipe de astros totalmente japonesa com apoio e cooperação extraordinários de todos os níveis de governo”, disse ele a uma pequena plateia de convidados em uma manhã ensolarada dentro do estádio antigo, aninhado no oeste do Peloponeso.
A cerimônia foi a primeira desde 1984 a ser realizada sem público nas encostas gramadas do estádio, e só algumas dezenas de autoridades credenciadas tiveram permissão de assistir ao acendimento no vizinho Templo de Hera.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) descreveu o surto de coronavírus como uma pandemia pela primeira vez, o que levou mais países a anunciarem medidas drásticas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu a chegada de viajantes da Europa, com exceção do Reino Unido, por 30 dias a partir de sexta-feira. Fortemente atingida, a Itália endureceu as medidas de interdição.
Até quarta-feira, o Japão tinha 620 casos e 15 mortes, excluindo pessoas em um navio de cruzeiro que foi posto em quarentena perto de Yokohama no mês passado, de acordo com o Ministério da Saúde. Especialistas dizem que a contagem pode ser enganosamente baixa devido ao número limitado de exames no Japão em comparação com muitas outras nações. (Agência Brasil)