O repórter Tino Marcos pediu para deixar a Rede Globo depois de 35 anos de estrada na emissora. Foram seis Jogos Olímpicos, oito Copas do Mundo e 30 anos cobrindo a seleção brasileira. Tino Marcos foi o repórter de gerações de brasileiros apaixonados pelo futebol.
“Nesses anos todos eu fiz tudo. Não tem lacuna. Fui a Pan-Americano, Sul-Americano… Tudo. A palavra mais forte de tudo é gratidão. Gratidão à vida por ter me permitido… Por eu ter podido fazer aquilo que, para mim, sempre foi uma diversão. Sempre sonhei com uma despedida da Globo alegre, leve. Me preparei para isso gradativamente. Tive a cumplicidade total da direção na condução desse tipo de modelo”, disse Tino.
“A pandemia é uma variável decisiva nesse processo. Tornou inviável o modelo de trabalho que eu vinha tendo, voltado para matérias com mais fôlego, séries, grandes produções. Isso se resumiu muito. E tem todo um contexto. Minha filha se formando na faculdade, minha esposa se aposentando esse ano, eu perdi os meus pais. A vida, 2021, está me trazendo muitas novidades. Por agora é isso aí. Viver essa pandemia, ficar em casa o máximo que eu posso. O que eu gosto mesmo é de produzir conteúdo, contar histórias”, completou.
Leia mais:O diretor de Conteúdo de Esporte da Globo, Renato Ribeiro, falou com emoção, através de um comunicado, sobre a saída de Tino. O diretor considera Tino a influência de sua geração.
“Tino entrou na Globo em maio de 1986 e foi um dos responsáveis pela criação de um jeito único e bem brasileiro de se contar histórias esportivas na TV. Um gênio do audiovisual, da decupagem frame a frame, da pergunta exata, do texto perfeitamente casado com a imagem. Um estilo que influenciou gerações. Tino é até hoje referência. As reportagens dele se confundem com a história do esporte brasileiro nos últimos 35 anos”.
Tino continua na emissora até fevereiro, quando encerra uma série de reportagens sobre as Olímpiadas.(Diário Online)