Correio de Carajás

Time marabaense de robótica avança para torneio nacional em Brasília

Equipe inicia disputa nesta quarta-feira, na Capital Federal, com representantes de vários estados

Time Ultron League ficou em 2º lugar na etapa regional e avançou para o torneio nacional/Foto: Divulgação

Como a tecnologia pode colaborar com a arte? Essa foi a pergunta que a Ultron League, equipe de robótica do SESI Marabá, teve que responder durante o Torneio SESI de Robótica First Lego League. A equipe ficou em 2º lugar na categoria Champion’s Award, garantindo uma vaga na competição nacional que acontece entre os dias 28 de fevereiro e 2 de março, em Brasília.

Além deste resultado, a Ultron e a Grypho Real, a outra equipe do SESI, trouxeram outros três prêmios para casa. A segunda equipe garantiu o 1º lugar no desafio com o robô e o 3º lugar na categoria projeto de inovação. O 4º prêmio foi garantido por Elaine Cristina Souza de Alexandria, técnica, escolhida a melhor da região Norte.

A Grypho Real garantiu o 1º lugar no Desafio do Robô/Foto: Divulgação

Na disputa regional, a Ultron apresentou tanto o seu robô, criado para triunfar sobre as missões criadas em uma arena, quanto uma plataforma tecnológica para expor digitalmente artes produzidas pela técnica conhecida como nanquim amazônico.

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A reportagem do CORREIO foi até o SESI, localizado na Avenida Tocantins, Bairro Novo Horizonte, no Núcleo Cidade Nova, para conhecer e conversar com o time que irá disputar o torneio nacional.

Entrar na sala de robótica da instituição nos coloca em uma experiência com uma realidade em que brinquedos, mais especificamente Legos, são transformados em máquinas.

Elaine Cristina trouxe para casa o troféu de melhor técnica da região Norte/Foto: Divulgação

O ROBÔ E A PLATAFORMA

“Nós conhecemos essa técnica de desenho em uma visita que fizemos ao museu da cidade”, conta Alana Cristina Ferreira, 15 anos, uma das estudantes que integram a Ultron League. Encantados pela técnica artística, o grupo decidiu disseminá-la através da plataforma digital, batizada como “Maranan”.

A proposta é que o ambiente virtual tenha espaço para exposições virtuais de obras feitas em nanquim amazônico, biografia dos artistas, loja para venda de obras, doações para instituições carentes e, também, aulas virtuais. Inúmeras possibilidades pensadas para beneficiar a comunidade e os produtores da arte.

Além de Alana, a Ultron é formada por Isabela Pinheiro, 15 anos; Júlio César Lima dos Santos, 14 anos; Lara Sofia Andrade, 14 anos e Bruno Apinagés de Sousa, 12 anos.

A equipe se envolveu intensamente com a plataforma, e, ainda, se dedicou ao robô. A pequena máquina, toda construída com peças de Lego, foi pensada para interagir com os obstáculos espalhados pela arena (uma mesa).

Arrastar, empurrar, capturar, acionar, são algumas das ações executadas com sucesso pelo robô em uma demonstração exclusiva feita para a reportagem do CORREIO. Neste momento, os alunos se posicionam em dois cantos da mesa e fazem as trocas de acessórios da pequena máquina, de acordo com a missão que ela deve enfrentar na sequência. Tudo deve ser executado em até dois minutos e meio.

Estudantes demonstram o uso da plataforma “Maranan”/Foto: Evangelista Rocha

IMPACTOS DA ROBÓTICA

Hora fazendo a programação do aplicativo “Maranan”, hora montando e programando os comandos da máquina, os alunos encontraram na robótica uma filosofia de vida.

Senso de responsabilidade, conhecimento, comunicação, são algumas das habilidades desenvolvidas pelos estudantes, através da robótica.

“Tem uma frase que eu sempre uso quando eu falo com os pais deles: ‘são robôs construindo pessoas’. E de fato a gente sabe disso, quando a gente entra percebe que é realmente uma construção”, declara Elaine Cristina.

Na mesa, o robô tem êxito ao realizar as 15 missões propostas/Foto: Evangelista Rocha

O TORNEIO

A solução de problemas reais da sociedade e da indústria, é um dos pilares que orienta os participantes do Torneio SESI de Robótica First Lego League, que é considerado uma das maiores competições de robótica educacional do mundo. Entre os dias 01 e 02 de fevereiro, o evento reuniu mais de 200 competidores dos estados do Pará, Roraima e Amapá.

O torneio avalia quatro categorias principais: Core Values, momento em que é avaliado o trabalho em equipe e o respeito mútuo; o Desafio do Robô, quando as missões realizadas na mesa de competição são julgadas; Design do Robô, quando é avaliada a utilização da tecnologia LEGO® Mindstorm para o desenvolvimento do desenho mecânico dos robôs e por fim, a categoria Projeto de Inovação, quando os competidores apresentam propostas de solução para um problema do mundo real, na temporada atual o tema foi “Masterpiece”. (Luciana Araújo)