A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, foi eleita pela revista americana Time como uma das 12 mulheres do ano de 2023. A lista é revelada a menos de uma semana do Dia Internacional da Mulher, a ser comemorado no próximo dia 8. Ao lado de Anielle, a única brasileira da lista, estão a ganhadora de dois Oscars Cate Blancett, a campeã de boxe Ramla Ali e a dissidente iraniana Masih Alinejad.
A revista destaca que Anielle não pensava em entrar para a política, até que sua irmã, Marielle Franco, foi assassinada. Hoje com 38 anos, Anielle tem a mesma idade que Marielle tinha quando foi morta, em 2018. Hoje ministra do governo Lula, Anielle é responsável por cobrar que o país dê chance a segmentos da população historicamente marginalizados, afirma a revista.
— Eu perdi o medo quando eles mataram a minha irmã. Agora eu luto por algo muito maior do que eu mesma — disse Anielle à Time.
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Cate Blanchett
“O maior presente de Cate Blanchett é sua humanidade”, afirma a Time. Em entrevista à publicação, Cate, indicada ao Oscar pela sétima vez este ano (se ganhar, será a sua terceira estatueta), fala sobre os seus trabalhos como atriz e, também, suas ações humanitárias.
Em 2012, ela ficou horrorizada quando a Austrália, seu país de origem, decidiu evitar receber refugiados, e a vergonha disso teria a estimulado a agir. A atriz é Embaixadora da Boa Vontade da ONU desde 2016, trabalhando com a agência de refugiados da organização, o ACNUR, para aumentar a conscientização e a arrecadação de fundos para ajudar refugiados ao redor do mundo. Quando está em contato com essas pessoas, o que mais impressiona a atriz é a situação das crianças.
— Você pensa: as pessoas precisam ver isso e precisam ouvir as histórias dessas pessoas — afirma, à Time.
Ramla Ali
Ramla Said Ahmed Ali é a primeira boxeadora somali a competir nos Jogos Olímpicos e, também, a competir profissionalmente na Arábia Saudita. A Time destaca a luta da esportista em defesa dos refugiados. Ela é fundadora da “Ramla Ali Sisters Club”, uma instituição beneficente que dá aulas de boxe só para mulheres.
Masih Alinejad
Masih Alinejad é uma jornalista dissidente iraniano-americana, escritora e ativista pelos direitos das mulheres. Ela denuncia violências e abusos de poder do regime iraniano. A Time pontua que Masih “não será silenciada”.
Ayisha Siddiqa
A paquistanesa Ayisha Siddiqa é uma defensora da “justiça climática”. Ela é cofundadora da Fossil Free University, um curso de treinamento para ativistas ao redor do mundo “que desejam canalizar o poder do movimento jovem para a fonte da crise climática”, e da Polluters Out, coalizão global de jovens ativistas em busca de ações políticas efetivas criada depois do que Ayisha considera o “fracasso” da COP 25.
Angela Bassett
Angela Bassett é uma atriz e cantora americana. É ganhadora de dois prêmios NAACP Image Award e um Globo de Ouro pela cinebiografia de Tina Turner, trabalho que rendeu à atriz uma indicação ao Oscar, em 1994. Agora, em 2023, Angela foi indicada novamente à maior premiação do cinema. Desta vez, por seu papel em “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”. Ela é a primeira atriz de um filme da Marvel a ser indicada ao Oscar.
Phoebe Bridgers
Phoebe Bridgers é uma cantora, compositora, guitarrista e produtora americana. Estreou com o álbum de estúdio “Stranger in the Alps” (2017), seguido por “Punisher” (2020), que lhe rendeu aclamação da crítica e do público e quatro indicações ao Grammy, incluindo a de Artista Revelação.
Olena Shevchenko
Olena Olehivna Shevchenko é uma ativista ucraniana dos direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIA+. Depois de trabalhar como professora, ela fundou, em 2007, a ONG “Insight”, para defender a inclusão LGBTQIA+ em plataformas feministas.
Verónica Cruz Sánchez
Verónica Cruz Sánchez foi a primeira ativista mexicana a receber o prêmio “Defensora dos Direitos Humanos” da Human Rights Watch. Em 2006, ela foi premiada por seu trabalho com o direito das mulheres ao acesso a serviços jurídicos e médicos.
Verónica tem experiência na criação de redes de acompanhamento de mulheres para abortos seguros. Recentemente, criou uma nos EUA dedicada a promover o acesso ao aborto no Texas e em outros estados onde existem restrições.
(Fonte:O Globo)