O prefeito Tião Miranda publicou, no final da tarde desta quinta-feira, 13, uma Nota de Repúdio contra manifestações de sindicalistas ligados ao Sintepp em frente à sua residência nos dois últimos dias, que culminaram até mesmo com pichação do portão com o termo “Tião caloteiro”.
Durante toda minha carreira política, sempre concordei com atos democráticos e reivindicações ordeiras e legítimas. Em nenhum momento, como cidadão e como político, neguei o direito de expressão sincera de nenhum segmento.
No entanto, há dois dias, venho sendo atacado em minha residência, de forma totalmente antidemocrática, por um pequeno grupo do Sindicato dos Servidores da Educação que diz representar uma classe tão importante: a dos educadores de nossa cidade.
Leia mais:A fim de chamar a atenção, de forma torpe e criminosa, picharam a frente da minha residência, gritaram palavras de baixo calão, desrespeitaram a minha casa e de meus vizinhos.
Como político, não vejo motivo para este tipo de vandalismo. Como cidadão comum, me vejo no direito de questionar até aonde querem chegar com este tipo de atitude.
Não sou contra as manifestações ordeiras, mas acredito que em tudo há um limite legal e ético. Assim como, acredito que não se trata de uma representação legítima de uma classe de educadores.
Como cidadão desta cidade onde nasci, e graças a Deus tenho o respeito e a admiração de muitos dos meus conterrâneos, manifesto meu repúdio aos que cometeram este crime. Pergunto como reagiriam esses “manifestantes” se tivessem suas casas quase invadidas e danificadas? Questiono se este tipo de atitude é realmente coerente. Se o exemplo dado condiz com representantes de uma categoria tão importante como a de educadores.
Ultrapassamos uma linha onde o respeito cedeu espaço ao ódio, onde poucas pessoas se acham no direito de provocar tumulto em nome de um argumento que já está sendo discutido em âmbito institucional pela Secretaria de Educação.
Democracia não é isto. Direitos não são conquistados desta forma. Atos de vandalismo não são aceitos pela grande maioria dos mais de 4 mil servidores da educação. Limites existem para serem devidamente respeitados. Não é agindo com intolerância que se evolui em qualquer tipo de reivindicação.
Repito, deixo aqui o meu repúdio não apenas como gestor, mas como cidadão marabaense que respeita a todos.
Tião Miranda”
A Reportagem do CORREIO, esta semana, publicou reportagem sobre o início da greve dos professores, mobilizada pelo Sintepp a partir de terça-feira, 11, em frente à SEMED.