Correio de Carajás

Tem cardápio impresso? QR code em restaurantes divide opiniões

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou um projeto de lei que obriga bares e restaurantes a ofereceram o cardápio impresso aos clientes.

Foto: reprodução

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou um projeto de lei que obriga bares e restaurantes a ofereceram o cardápio impresso aos clientes. Muitos estabelecimentos, hoje, têm apenas o cardápio digital – com o QR Code.

A tecnologia divide opiniões; há quem goste do digital e quem prefira o toque do menu tradicional.

“Eu pessoalmente prefiro o digital, porque cada um, com seu próprio celular, pode ver ali o que tem”, diz a funcionária pública Juliana Ramalho Fonseca.

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“Eu prefiro o físico. Acho que ele é mais fácil, mais acessível a qualquer pessoa”, opina a gerente de operações Ana Peruzzolo.

 

Não existe consenso nem entre empresários do setor. Uma pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes mostrou que 63% dos proprietários têm ou estão implantando o cardápio digital; 11% já deixaram de usar.

Mais da metade – 54% – dos que defendem a tecnologia, dizem que ela traz uma apresentação mais atrativa. A redução de custos foi apontada por 42%.

Já para 40% dos que não usam, o principal motivo é a exigência dos clientes por uma lista impressa. Para 25% dos empresários, as vendas melhoram quando o garçom entra no meio. Outros 21% disseram que clientes têm dificuldade para fazer o pedido com cardápio com código.

A discussão de preferência chegou nas casas legislativas de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Deputados querem que o cardápio físico volte para os estabelecimentos. Eles alegam que há pessoas que não tem celular ou internet.

No estado fluminense, um projeto de lei aguarda sanção ou veto do governador Cláudio Castro, do PL. Em Minas, o texto tramita nas comissões.

“Somos contrários a essa interferência excessiva do poder público nos bares e restaurantes. Nesse caso é uma decisão que cabe exclusivamente ao negócio”, defende Lucas Pêgo, líder de desenvolvimento da Abrasel.

 

Mesmo sem uma lei aprovada, alguns lugares decidiram deixar a gosto do cliente. Em uma cafeteria de Belo Horizonte, por exemplo, o cardápio pode ser digital ou físico, agradando todo mundo.

“Eu acho que o cardápio físico gera uma identidade da marca com o cliente. Fora que, às vezes, o celular está um pouco sem bateria, você está com alguém que não consegue acessar e tem alguma dificuldade. Eu acho que dificulta, sim, o acesso”, afirma a gerente Maria Vitória Lobato Mendes.

(Fonte:G1)