Correio de Carajás

Técnicos da Unifesspa fazem paralisação contra cortes no orçamento

Nesta quinta-feira (22), técnicos-administrativos em educação (TAEs) da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e de outras universidades federais no Estado, aderiram ao calendário nacional de paralisações da categoria. O ato deve se estender até a sexta-feira (23). A decisão foi tomada em assembleia geral realizada no último dia 30 de abril, no hall da Reitoria da Universidade Federal do Pará (UFPA), com transmissão online.

Conforme informado a este Correio na tarde desta quinta, através de uma nota, a mobilização envolve servidores da UFPA, UFRA, Unifesspa e Ufopa, que integram a base da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra Sindical).

A classe levanta a pauta contra o ajuste fiscal, que, segundo os trabalhadores, compromete o funcionamento das universidades públicas, e a oposição à Reforma Administrativa. A escassez de recursos já afetou o campus sede da Unifesspa, em Marabá. Na manhã desta quinta, uma nota foi enviada à imprensa revelando que a crise orçamento que gerou cerca de R$ 7,5 milhões em dívida com prestadores de serviços já causa a primeira paralisação de serviço que estava prevista, com retirada de todos os vigilantes armados e desarmados que atuam nos campi da instituição.

Leia mais:

Nesse sentido, os TAEs também reivindicam a implementação da jornada de 30 horas semanais, sem redução salarial, além do reposicionamento dos servidores aposentados e a continuidade das demandas não atendidas na greve de 2024.

O ato não se trata de uma greve, apesar da adesão ao movimento nacional, é o que frisa os servidores. Esta é uma paralisação pontual em defesa das universidades públicas.

Na nota, o sindicato também manifestou solidariedade aos trabalhadores terceirizados, que suspenderam suas atividades em decorrência do não repasse de recursos para as empresas contratadas.

“O Sindtifes tem, historicamente, denunciado e enfrentado esse cenário de estrangulamento fiscal e político, reafirmando seu compromisso com a luta por uma universidade pública, gratuita e de qualidade para tod@s (sic)”, destaca o documento. Ele é assinado por Jeovane Ferreira, coordenador da Seção Sindical Sindtifes na Unifesspa.