O Teatro Municipal “Eduardo Abdelnor” foi construído pela Prefeitura de Marabá, por meio da Secretaria Municipal de Obras e a gestão é da Fundação Casa da Cultura de Marabá. Os recursos são oriundos da mineradora Vale S/A, por meio da Lei Rouanet. O prédio e o auditório foram projetados para serem acessíveis para pessoas com deficiência.
Localizado ao lado do Ginásio Poliesportivo, na Folha 16, o espaço conta com camarins, banheiros coletivos e individuais e banheiros adaptados para pessoas com deficiência (feminino e masculino), lanchonete, sala de repouso, bilheteria e administração.
MEGA PALCO
Leia mais:O espaço de representação é gigantesco, podendo comportar orquestras e grande número de pessoas. Ele é delimitado lateralmente pelos bastidores e por cima pelas bambolinas. Ele é dividido em direita e esquerda, de acordo com a visão do público.
LUZ, CÂMERA…AÇÃO!
A iluminação teatral, também conhecida como iluminação cênica ou luz de palco, é um sistema de luzes que serve para criar efeitos artísticos no palco. Ela é essencial para o teatro, pois desempenha um papel fundamental na narrativa, direcionando o olhar do público e elevando a qualidade da produção.
PALAVRA DO PREFEITO
“Tenho prazer e honra de encerrar mais um ciclo de trabalho em prol de minha cidade com a entrega do Teatro Municipal Eduardo Abdelnor. Os recursos para a obra são federais, mas a gestão foi da Prefeitura de Marabá e houve um longo período de trabalho, mudança de construtora por quatro vezes, mas finalmente ela está sendo entregue para a população”, comemora o prefeito Tião Miranda.
CENTRO CULTURAL MARCELO MORHY
Ao lado do Teatro está instalado o Centro Cultural Marcelo Morhy, onde serão realizadas formações, reciclagens e aperfeiçoamentos de músicos, dançarinos, atores, entre outros. O espaço conta com 17 setores, que vão desde as salas de apresentações para as oficinas até as áreas de convivência.
Neste prédio estão localizados uma sala de música, duas de dança, uma de audiovisual e mais duas salas de aula. A Fundação Casa da Cultura de Marabá vai proporcionar vários tipos de oficinas para crianças e adolescentes.
QUEM FOI MARCELO MORHY
Marcelo Morhy Guedes foi um dos músicos mais destacados de Marabá na década de 2000, tendo sido, inclusive, campeão do Fecam (Festival da Canção em Marabá).
Sempre risonho e brincalhão, ele era um dos cantores mais requisitados da noite de Marabá, marcando seu talento em bares e encontros sociais, além de vez por outra participar de shows.
Marcelo faleceu na noite de 5 de dezembro de 2011, vítima de acidente automobilístico até hoje não esclarecido.
NÚMEROS DO TEATRO
5.000 m² de construção
400 assentos para plateia
R$ 9 milhões é o custo da obra
Saiba quem foi o ator e educador marabaense Eduardo Abdelnor
Filho de pais libaneses, que vieram para Marabá por motivos políticos, religiosos e econômicos, Eduardo Abdelnor nasceu em 10 de julho de 1939, tendo estudado até o ensino médio. Mas sua perspicácia e espírito de liderança o levaram ao cargo de secretário municipal de Educação e, posteriormente, ao posto de diretor do Colégio Plínio Pinheiro, na Marabá Pioneira, em 1969, tendo sido bastante querido e lembrado por pais e alunos nos anos posteriores à sua gestão.
Em Belém, estudou no Colégio do Carmo, onde foi aluno interno e depois professor. Foi servidor na Prefeitura em Belém, como assessor do prefeito Mauro Porto. Também trabalhou na extinta Telepará e fez diversas novelas na TV Marajoara.
Sua paixão pelo teatro o levou, também, a ser diretor do famoso Norte Teatro Escola, na capital paraense. Atuou, ainda, em Rádio Novela e Telenovela.
Em sua relação com a arte, Eduardo Abdelnor era um dos atores preferidos do cineasta amazônida Líbero Luxardo, tendo atuado nos filmes “Um dia qualquer” (1965); “Marajó – Barreira do Mar” (1967); e “Um diamante e cinco balas” (1968), este último ambientado em Marabá.
Seu espírito empreendedor o levou a fundar a Imobiliária Ética Empreendimentos Ltda em 1972, uma mais das mais conceituadas empresas do ramo em Belém, que atualmente é administrada pelos filhos.
Seus contemporâneos, como Plínio Pinheiro Neto, afirmam que Eduardo Abdelnor foi um homem extremamente culto, de visão estratégica, habilidade de comunicação, organização e empatia, o que o fez ocupar diversos cargos, como os citados acima.
Ele faleceu em 1999, em Belém, aos 60 anos de idade, deixando viúva a esposa Suely Melo Abdelnor, com quem teve quatro filhos: Flávia Melo Abdelnor Xerfan, Ricardo Melo Abdelnor, Fábio Melo Abdelnor e Nagib Melo Abdelnor.
Após sua morte, a família recebeu vários depoimentos de pessoas que conviveram com ele, principalmente em Marabá, testemunhando de sua grande generosidade, compaixão e capacidade de pacificação de conflitos.