Esta semana, taxistas que fazem transporte intermunicipal realizaram protesto em Marabá, interditando a BR-230, na altura da Vila São José (Km 8). Eles querem continuar fazendo esse tipo de serviço. Acontece, porém, que o transporte coletivo intermunicipal só pode ser explorado por empresas reguladas pelo Estado, pelos segmentos alternativo, complementar e convencional. Taxis não se encaixam nessa modalidade.
Diante disso, a recém criada Agência de Regulação de Transportes (Artran) vem fiscalizando de forma mais firme esse tipo de atividade irregular, cujo flagrante resulta em apreensão de veículo e multa. A tendência é que as fiscalizações se intensifiquem ainda mais, até moralizar a atividade o máximo possível.
Em Marabá, as rotas onde o serviço vem sendo feito em maior escala são de Itupiranga e de São Domingos do Araguaia. Por isso mesmo, o protesto foi encabeçado por taxistas que fazem o serviço nessas duas rotas.
Leia mais:Sobre o assunto, o CORREIO conversou com Welson Ezequiel da Rocha, presidente da Coopermab. Ele explicou que, no caso da rota entre Marabá e Itupiranga, quem detém a autorização do Estado é a cooperativa que ele representa. “Todos os nossos carros são cadastrados na Artran”, afirma, ao argumentar que as vans cadastradas também são fiscalizadas com frequência, justamente para garantir a segurança dos passageiros.
Welson disse também que os taxistas que atuam no transporte intermunicipal prejudicam também as empresas de ônibus que circulam na área. Mas o grande prejudicado pode ser mesmo o usuário, que, num primeiro momento, pode achar que está pegando um transporte mais cômodo, porém está se pondo em risco.
“Eu aconselho o usuário pegar um carro que seja regularizado pra não passar por esse tipo de constrangimento, porque quando tem uma Blitz, pode acontecer uma tentativa de fuga, que já aconteceu várias vezes, correndo risco de causar até um acidente”, alerta.
Para ele, a fiscalização feita pela Artran é benéfica para todos, inclusive para ele, porque faz com que os condutores de veículos estejam sempre dentro da legalidade. Nesse sentido, ele pede que as prefeituras também auxiliem nessa fiscalização.
(Chagas Filho)