Correio de Carajás

Talibã mata duas pessoas em ataque à equipe de vacinação no Paquistão

Caso aconteceu na quarta-feira (11), na fronteira com o Afeganistão. Vítimas foram distribuidor de vacinas e policial que fazia a escolta.

Profissional da saúde vacina criança durante campanha porta a porta de vacinação contra a poliomielite, em Islamabad, no Paquistão — Foto: Aamir Qureshi/AFP

Duas pessoas foram mortas na quarta-feira (11) durante um ataque armado a uma equipe de vacinação contra a poliomielite, no noroeste do Paquistão, região de fronteira com o Afeganistão, informou a agência Reuters.

As vítimas foram um dos distribuidores de vacinas e um policial que fazia a escolta, segundo policiais ouvidos pela agência. O ataque foi reivindicado pelo Talibã paquistânes.

O crime aconteceu dois dias depois que o Paquistão lançou a campanha nacional para erradicar o vírus, que ainda representa uma ameaça à saúde no país do Sul da Ásia. De acordo com a Reuters, Paquistão e Afeganistão são os únicos dois países que ainda tentam erradicar a poliomielite.

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“Homens armados não identificados abriram fogo contra a equipe de vacinação contra a poliomielite em um subdistrito do distrito tribal de Bajaur enquanto estavam na campanha de vacinação”, disse o oficial de polícia do distrito Waqas Rafique à Reuters.

O Talibã paquistanês disse em um comunicado que seus combatentes mataram um policial que acompanhava a equipe de vacinação e feriram outro. O comunicado não mencionou o trabalhador de vacinação ou o motivo do ataque.

Anteriormente, grupos militantes islâmicos na região reivindicaram ataques semelhantes contra equipes de vacinação. Segundo a agência, os ataques ocorrem sob o falso pretexto de que as campanhas de imunização são uma conspiração ocidental para esterilizar crianças.

O Paquistão iniciou a campanha nacional no início desta semana, com o objetivo de administrar a vacina para até 30 milhões de crianças, informou o escritório do primeiro-ministro.

Um grupo local de sindicalistas policiais pediu que seja feita uma greve dos policiais e um boicote às funções de segurança para a campanha de vacinação no distrito de Bajaur após o ataque.

(Fonte:G1)