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Suicídios: Em cinco anos, foram 58 casos só em Marabá

por Redação
25/09/2018
em Especiais
Suicídios: Em cinco anos, foram 58 casos só em Marabá

A psicóloga destaca o papel vital da família no acolhimento correto da pessoa com tendência suicida

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Dezenove municípios localizados nas regiões sul e sudeste do Pará integram as estatísticas do Ministério da Saúde envolvendo casos de suicídio, considerado morte violenta pelo próprio órgão. O levantamento em questão foi realizado no período de 2013 a 13 de setembro deste ano e revelam que o número de ocorrências tem aumentado em pelo menos 19 cidades localizadas nessas regiões, principalmente na faixa etária que vai dos 25 aos 44 anos.

Com base neste e em outros dados, o Núcleo de Estudos em Psicologia da Educação e do Desenvolvimento, com o apoio do Caps II, realiza nesta terça-feira (25), das 18:30 às 21:30, no Campus I da Unifesspa, localizado na Folha 31, Nova Marabá, um ciclo de palestras com a presença de três psicólogos que atendem na unidade.

O evento vai debater exclusivamente o suicídio e ocorrerá em dois momentos. O primeiro terá como tema “Atenção psicossocial e prevenção do suicídio”, e vai abordar os mecanismos já disponíveis na rede pública para o enfrentamento do problema, bem como recursos disponíveis e demandas recorrentes.

“Em um segundo momento, os participantes serão divididos em grupos intermediados por facilitadores para um diálogo mais franco e aberto sobre a problemática do suicídio, esclarecendo dúvidas, ideias equivocadas e tabus, com vistas a prevenção de casos”, esclarece Mayra Lima, professora da Faculdade de Psicologia da Unifesspa.

Ela informa que essa é a primeira vez que a instituição abre o debate sobre o tema para além do círculo acadêmico. “É importante envolver a comunidade nesse debate porque ainda existe muito preconceito e desinformação sobre o tema do suicídio, e isso acaba prejudicando uma abordagem mais abrangente quando se trata diretamente com o problema na família, por exemplo”, detalha.

Segundo a psicóloga, o Ministério da Saúde calcula que o número de suicídios seja bem maior do que mostram as estatísticas, que não levam em consideração as tentativas, só os casos de suicídios consumados. “As causas que levam uma pessoa a tirar ou atentar contra a própria vida são as mais difusas. É necessário esclarecer também que nem sempre o suicídio esta atrelado a algum histórico de transtorno mental ou de comportamento, embora isso ocorra. Aliás, muitas pessoas que se suicidam não tem transtorno algum”, declara Mayra.

Gatilho

A psicóloga também explica que a depressão nem sempre é o gatilho principal que desencadeia o ato suicida. “Esse ato de total desespero, de sofrimento emocional gigantesco, de perda do sentido de vida, pode acontecer devido a algum evento traumático, como a perda, o luto, a desesperança com a ideia de que as coisas não vão mudar. Esses são aspectos muito comuns em pessoas que cometeram suicídio”, pontua.

Para Mayra, olhar só para o indivíduo com depressão como potencial candidato a suicida é perder o foco e a compreensão do todo. “Na verdade, o suicídio tem mais a ver com as interações que essa pessoa teve ao longo da vida, do que com as condições que ela vive no momento. A psicologia tem avançado no sentido de ampliar essa abordagem, tentando entender o comportamento individual de cada pessoa”, frisa.

O comportamento suicida, reitera Mayra, envolve ainda pensamentos sobre morte, a ideação suicida, o pensar e planejar a própria morte. “Antes de tentar, a pessoa já encenou o ato de morrer”, resume.

Família

A psicóloga destaca também o papel vital da família no acolhimento correto da pessoa com tendência suicida. Para ela, muitas vezes a família acha que não falar é a melhor alternativa. Um erro comum que se comete, reforça Mayra, é quando se tenta ajudar alguém que está vivendo um episódio indicativo de depressão tentando mostrar que existem muitas pessoas sofrendo mais do que a pessoa que está vivendo um episódio depressivo.

“A intenção é sempre a melhor, mas não ajuda em nada. Situações que para mim são fáceis de lidar, para alguém que está deprimido pode ser uma situação de sofrimento gigantesco. O efeito desse tipo de abordagem pode ser até contrário ao que se pretende”, conclui.

As palestras serão apresentadas pelo médico Charles Roosevelt Almeida, Adriana Tabata dos Santos e Regina Ceo Andrade, que também será os facilitadores no evento.

(Adilson Poltronieri)

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