Correio de Carajás

Sucesso de crítica e público, FIA CineFront completa sua programação em 2021

Marcado pelo sucesso de crítica e de público, a 6ª edição do Festival Internacional Amazônida de Cinema de Fronteira (FIA Cinefront), parceria entre a Unifesspa e diversas instituições, e financiado pela lei estadual paraense Aldir Blanc de Emergência Cultural, encerrou a programação de 2021 no último dia 15. O evento contou com uma programação extensa, composto por mostra e debates de obras cinematográficas que abordam a realidade amazônica e de outras regiões periféricas que sofrem as consequências dos processos de desenvolvimento pautados pela expansão capitalista.

Em sua visão sobre a realização do Cinefront de forma online, o professor da Faculdade de Educação do Campo (Fecampo), Evandro Medeiros, membro da comissão organizadora faz uma avaliação positiva. “Foi uma edição diferenciada por conta das contingências impostas pela pandemia e que nos obrigou a reinventar o evento criativamente. Tivemos que reelaborar o formato de execução da programação e relação com o público e sua participação nas sessões do festival.

Durante os 30 dias de Festival, a plataforma streaming cinefront.org, criada especialmente para a exibição dos filmes inscritos, atingiu 16 mil acessos. Para que isso ocorresse, o financiamento pela Lei Aldir Blanc foi fundamental. “Associada a oportunidade de realizarmos o evento com financiamento da Lei Aldir Blanc do Pará, conseguimos a criação de um espaço na internet que já era pretendido pelo coletivo de organização do FIA Cinefront faz alguns anos, que era pensado originalmente como um site comum, mas que se materializou como uma plataforma de streaming: o cinefront.org”, complementa Medeiros.

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A sexta edição do Cinefront buscou entregar uma programação variada de temas e ações, como oficinas, cursos, exposições e debates. Para a organização, essa experiência deixa um legado importante, segundo Medeiros. “Achamos uma fórmula-solução que viabilizou realizar o festival com qualidade e nos deixa um legado importante, o FIA CINEFRONT em ocorrência permanente na internet. Conseguimos realizar plenamente e com sucesso o que propusemos. Mas, sem dúvida, nada substitui o que é próprio de um evento presencial, de sessões de debates e exibição de filmes em contato direto com as pessoas, a sala escura e a projeção dos filmes em tela grande.

Muito além do que pode ser visto, o Cinefront é a celebração da potência da região amazônica, de sua gente e suas histórias. Durante o Festival, os espectadores tiveram a oportunidade de conhecer o trabalho de 30 artistas de diferentes cidades da região Norte. Nas duas sessões especiais de homenagem, foram celebradas a vida e a obra do artista paraense Miguel Chicaoka, do qual foi possível conhecer 48 fotografias de sua coletânea, e de Pureza Lopes de Loyola, homenageada no filme que leva seu nome.

Três oficinas e um minicurso, levaram 40 espectadores a conhecer mais de perto a “sétima arte”. As oito sessões de debate permitiram que 14 realizadores de cinema fossem ouvidos pelo atento público de todo o país. Isso sem contar com as 11 lives no Youtube, com cerca de 3.500 visualizações.

Todo este sucesso não se deve somente a qualidade da programação, mas, à paixão dos 33 membros da comissão organizadora que trabalharam através de uma coordenação ampliada e de cinco subcomissões de operacionalização. “O diálogo ao vivo e presencial no cinema é pedagogicamente e prazerosamente insubstituível e por isso esperamos que em 2022 o FIA CINEFRONT volte a ser em sessões presenciais”, finaliza Medeiros.

O resultado é percebido não só no número de acessos e visualizações, mas, nos muitos espectadores que se tornaram “amigos” do CineFront em suas redes sociais, 1.350 no Facebook, 632 no Instagram, 364 inscritos no Youtube. Desejando vida longa ao festival, os organizadores enviaram o ao público, um recado: “Nós do Coletivo Cinefront Amazônia estamos extremamente orgulhosos, extremamente realizados e extremamente agradecidos a todos vocês!”. Ano que vem tem mais FIA Cinefront, sigam as redes!

(Fonte: Unifesspa/Alê Cruz e João Carlos Oliveira)