Apesar das mortes e sobretudo da falta de médicos no Hospital Materno Infantil (HMI), a Prefeitura de Marabá insiste em renovar o contrato com a OS Madre Tereza, que administra a Ginecologia e Pediatria da casa de saúde. Para isso, a pedido da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), está marcada uma reunião para as 14h desta segunda-feira (30), na sede do CMS.
O mais grave é que na reunião anterior, o Conselho já tinha deliberado pela não renovação do contrato, que vence no próximo sábado (4). Mesmo assim, a prefeitura, por meio da SMS, convenceu o conselho a marcar a reunião extraordinária.
Todavia, é possível que a renovação do contrato com a OS enfrente resistência dentro do Conselho de Saúde. Quem afirma é a vice-presidente da entidade, Ana Lúcia Farias. “Acredito que há outros meios de resolver agora essa problemática, até que seja feito um concurso”, afirma Ana Lúcia.
Leia mais:Ela observa ainda que pode ser feito também um contrato com outra OS, mas que se ofereçam salários dignos e que a nova gestão cumpra com o que está nas cláusulas contratuais, diferente do que ocorre atualmente. “Existe uma escala de quatro médicos por dia, mas quando o Conselho vai fazer a vistoria tem um médico de plantão”, denuncia.
Por sua vez, o médico Daniel Cardoso, que também é membro do Conselho e diretor sindical, diz que esta reunião agendada para hoje nem tem legalidade pra recorrer, porque não foram cumpridos os ritos necessários previstos no regimento do CMS para colocar em pauta um assunto que já foi decidido anteriormente.
Além disso, ele observa que setores estratégicos como a Saúde Pública não podem ser terceirizados e é a própria prefeitura quem deve assumir o controle. “Não dá pra botar terceiros pra vir lucrar em cima de saúde”, afirma Daniel.
(Chagas Filho)