Correio de Carajás

Sindicato de petroleiros comemora demissão de Parente

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Força Sindical, duas das responsáveis pela greve dos petroleiros desta semana, comemoraram a demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras nesta sexta-feira (1º).

Em vídeo publicado no perfil da FUP no Facebook, José Maria Rangel, coordenador geral da organização, atribui a saída de Parente à paralisação da classe e diz que o executivo vai entrar pra história como gestor que deixou brasileiros “sem gasolina, sem energia elétrica, sem mantimentos”.

“O bem sempre vence o mal. As manifestações dos caminhoneiros, dos verdadeiros caminhoneiros, e dos petroleiros conseguiu desnudar a fama de bom gestor do Pedro Parente. Ele foi causador do segundo apagão no nosso país que prejudicou imensamente a população brasileira”, diz Rangel no vídeo.

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“Pedro Parente, você vai entrar pra história como um péssimo gestor. Aquele que fez os brasileiros ficarem sem gasolina, sem energia elétrica, sem mantimentos. Você não merece nem passar mais na porta da Petrobras. (…) E mais, você, junto com o Tribunal Superior do Trabalho, tentou criminalizar os movimentos sociais. Mais uma mancha pro seu já tão vasto currículo de atrocidades”, completa.

Em nota, a Força Sindical afirmou que Parente “vinha desenvolvendo uma política na empresa que prejudicava a classe trabalhadora” e que sua saída “só trará benefícios para a sociedade brasileira”.

Trajetória na Petrobras

Pedro Parente estava à frente da petroleira e maior estatal brasileira há exatos 2 anos. Sob seu comando, a Petrobras voltou a operar no azul após 4 anos no vermelho. No 1º trimestre de 2018, a companhia registrou lucro líquido de R$ 6,961 bilhões, o melhor resultado dos últimos 5 anos.

Já a dívida líquida da Petrobras encerrou o 1º trimestre em R$ 270,7 bilhões, após ter chegado a R$ 391 bilhões no final de 2015.

Pressão dos petroleiros

O pedido de demissão, no entanto, acontece em meio aos desgastes e pressões sofridos por Parente durante a greve dos petroleiros em razão das críticas à política de preços de combustíveis adotadas pela Petrobras na sua gestão.

Desde julho do ano passado, o preço da gasolina e do diesel comercializado nas refinarias disparou mais de 50% e foi um dos pontos mais criticados pela greve dos caminhoneiros e dos petroleiros.

(Fonte:G1)