Correio de Carajás

Sespa alerta para os sinais do câncer de boca

Foto: José Pantoja / Ascom Sespa

O Dia D de Prevenção ao Câncer de Boca foi lembrado pela pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio de palestra do cirurgião-dentista Helder Pontes, especialista em Patologia Bucal e coordenador do Serviço Integrado de Patologia e Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), ocorrida nesta terça-feira (07), no auditório da Usina da Paz do Icuí Guajará, em Ananindeua.

Realizada pela Coordenação de Saúde Bucal da Sespa, a programação do Dia D teve o objetivo de promover de debates sobre as políticas públicas de atenção integral aos portadores de câncer bucal e difundir os avanços técnico-científicos relacionados à doença.

“Nossa intenção é contribuir para a discussão sobre os fluxos e procedimentos envolvidos no diagnóstico e tratamento do câncer bucal e agregar especialistas, gestão e assistência com o objetivo de construir a linha de cuidado do câncer bucal no Pará”, pontuou o coordenador de Saúde Bucal da Sespa, Paulo Edson Furtado.

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Na ocasião, a palestra do cirurgião-dentista Helder Pontes elucidou características do câncer de boca, que afeta os lábios e cavidade oral, e está entre os mais incidentes no Brasil, além de estar entre os seis tipos de câncer mais comuns em homens e oitavo nas mulheres. A doença pode ser prevenida de maneira simples e tratada se diagnosticada precocemente, embora a maioria dos casos seja identificado em estágios avançados.

No ranking nacional, liderado por São Paulo e Minas Gerais, o Pará está na 12ª colocação, respondendo por 260 casos de câncer de boca ocorridos só este ano.

Em sua fala, Helder Pontes destacou que os maiores fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de boca são o tabagismo e o consumo de álcool. Além destes, exposição ao sol sem prevenção, excesso de gordura corporal e infecção pelo vírus HPV, por meio do sexo oral em excesso, também são condições de maior risco de câncer.

Helder Pontes
Helder Pontes (Foto: José Pantoja / Ascom Sespa)

 

Os principais sintomas são lesões que não cicatrizam por mais de 15 dias, manchas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca e bochechas, nódulos no pescoço e rouquidão permanente. Em casos mais avançados, a doença pode dificultar a fala, mastigação, deglutição, a movimentação da língua, e dar sensação de que há algo preso na garganta.

Em todos os casos, a Sespa orienta que a pessoa procure uma Unidade Básica de Saúde para uma avaliação. Atualmente, a rede assistencial de alta complexidade em oncologia do Estado é composta por cinco estabelecimentos, sendo um Centro de Assistência Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), do Hospital Ophir Loyola, em Belém. O hospital é referência para todos os tipos de cânceres e atende os 13 Centros Regionais de Saúde do Pará.

(Foto: José Pantoja / Ascom Sespa)

Além disso, a rede de assistência conta ainda com a Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON), instaladas no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo e atende atendendo crianças e adolescentes menores de 19 anos, que recebem tratamento de câncer hematológicos e da infância; o  Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, Oeste do Pará, referência para o atendimento dos casos de câncer  de pele, colo de útero, mama, próstata, estômago, colón e reto, pulmão e infanto-juvenil.

A unidade atende a população da Região do Baixo Amazonas; o Hospital Regional de Tucuruí (HRT), localizado no Sudeste do Pará, e atende a população da Região do Araguia, Carajás e Lago do Tucuruí. Como parte da rede de assistência para tratamento de pessoas com câncer está a Unacon do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), em Belém, que atende pacientes com câncer, na maioria adultos, da Região Metropolitana de Belém e dos rios Caetés, Tocantins e Marajó I e II.

Além das ações preventivas, a Sespa investe na expansão da Rede de Atenção Oncológica do Estado do Pará, com a implementação da quimioterapia no Hospital Regional de Castanhal, entregue em março deste ano, e a construção e implantação do Hospital da Mulher, que será referência para os serviços de diagnóstico e tratamento do câncer de colo de útero e mama.

(Agência Pará)