Após reunião com o prefeito Tião Miranda na manhã desta sexta-feira, 27, na Secretaria de Viação e Obras Públicas (Sevop), servidores decidiram manter a greve por tempo indeterminado. Uma das principais reivindicações é o aumento do vale alimentação. Os grevistas pedem reajuste na casa dos R$ 600,00 e o prefeito, no entanto, propôs apenas R$ 420,00, apenas R$ 40,00 a mais que a proposta anterior e longe da reivindicação.
Para piorar, outras como pautas como o piso salarial também não houve o resultado esperado.
Wendel Bezerra, um dos representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), durante a reunião, disse que, apesar de considerar um avanço a proposta do prefeito sobre o valor do vale alimentação, a pauta específica da educação ainda está em aberto.
Leia mais:“O governo confirmou que não há margem para garantir o reajuste agora, apesar da contraproposta de ao menos garantir a reposição da inflação. O governo entendeu que ainda não é possível e pediu até a próxima semana para verificar a possibilidade”, relatou. O reajuste do piso salarial pedido pelos profissionais da educação é de 33,24%.
RELEMBRE
A reunião marcada para a manhã desta sexta-feira inicialmente seria entre Tião e representantes do Sintepp, entretanto, na quinta-feira (quarto dia de greve) o prefeito foi cercado por manifestantes que chegaram, inclusive, a subir no capô do veículo onde ele estava. Acuado, ele acabou por concordar em receber os três sindicatos que mobilizam as manifestações.
Ao longo da semana, iniciando no último dia 23, centenas de servidores do funcionalismo público do município ocuparam pontos estratégicos da cidade, afim de chamar a atenção do prefeito Tião Miranda para as pautas reivindicadas.
Os atos aconteceram principalmente em frente à Sevop, considerado o Quartel General do prefeito Tião Miranda. Além disso, também estiveram em frente ao Ministério Público do Pará e na quarta-feira, 25, invadiram a Câmara Municipal durante a sessão ordinária daquele dia. (Luciana Araújo)