O Dia Mundial de Combate ao Diabetes – 14 de Novembro – reforça o alerta para a conscientização sobre a doença, a importância da prevenção e a orientação voltada à adesão ao tratamento disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), associado às mudanças de hábito e estilo de vida.
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) recomenda que a população procure as Unidades Básicas de Saúde (UBS), que oferecem informações para reduzir as complicações do diabetes, também ligadas a outros fatores de risco, como tabagismo, inatividade física, alimentação inadequada, sobrepeso e obesidade.
Por se tratar de uma doença progressiva, se não for tratada adequadamente pode provocar doenças cardiovasculares, insuficiência renal, perda de visão e até amputação de membros.
Leia mais:O atendimento oferece informações para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos gratuitos, de forma regular e sistemática, a todos os pacientes cadastrados. Para ter acesso é preciso que o paciente passe por consulta com o clínico geral na UBS.
Redução – Pelos dados mais recentes do Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica (Sisab), do Ministério da Saúde, atualizados até agosto deste ano, 445.436 pessoas estão cadastradas como diabéticas.
Em relação ao número de internações, 4.852 pessoas no Pará – das quais 2.484 homens e 2.368 mulheres – foram hospitalizadas em decorrência de diabetes, entre janeiro e setembro deste ano. Os números correspondem a uma redução de 6,5% em comparação ao quantitativo de internações no mesmo período de 2022, segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), do Ministério da Saúde.
Nestes dois anos, as faixas etárias mais recorrentes na internação foram: 60 a 69 anos; 50 a 59 anos e 70 a 79 anos. Todas as faixas etárias são atingidas, especialmente mulheres entre 55 e 59 anos, e homens entre 60 e 64 anos.
O Diabetes é apontado ainda como a segunda comorbidade mais recorrente entre as pessoas que testaram positivo para Covid-19 no Pará, correspondendo a 2,11% do total de casos confirmados – só perdendo para cardiopatas, com 2,73% – segundo dados atualizados até 9 de novembro deste ano.
Fatores de risco – Para orientar e capacitar os profissionais das Unidades Básicas de Saúde sobre o fluxo de atendimento a pacientes diabéticos, a equipe da Coordenação de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (CDCNT) da Sespa realiza atividades em Belém e nos demais municípios, incluindo assessoramento técnico para a implantação/implementação de ações e programas, apoiando as secretarias Municipais de Saúde.
“São atividades que alertam para a gravidade da doença associada a outros fatores de risco, como hipertensão, inatividade física, alimentação inadequada, obesidade e tabagismo, que geram impactos econômicos e sociais. Assim, torna-se necessária e permanente a articulação de estratégias de intervenção para prevenção, diagnóstico precoce e controle do Diabetes”, explicou Sílvia Corrêa, titular CDCNT.
Segundo a coordenadora, as ações também incentivam a adoção de uma alimentação saudável e balanceada, e a prática de atividades físicas, por meio de capacitações para profissionais dos municípios sobre o Guia Alimentar para a População Brasileira, Programa Academia da Saúde, Programa Crescer Saudável e Programa Saúde na Escola. Essas iniciativas do Governo Federal são orientadas e monitoradas pela Sespa, e executadas pelas secretarias Municipais de Saúde.
Sílvia Corrêa disse ainda que, durante as capacitações, é sempre esclarecido o fluxo de atendimento para o paciente diabético, que começa nas Unidades de Saúde com as equipes de Atenção Primária, onde são oferecidas, gratuitamente, ações de prevenção, detecção, controle e tratamento medicamentoso, inclusive com insulina.
Se o paciente apresentar intercorrências nessa fase do tratamento, e dependendo do diagnóstico, pode ser referenciado para unidades de média e alta complexidade, que mantêm atendimento de referência em Endocrinologia.
(Agência Pará)