Onze dias desde a última publicação do Correio de Carajás sobre a falta de energia e os prejuízos para moradores e comerciantes da Folha 28, no núcleo Nova Marabá, em Marabá, agora, mais um grupo de lojistas da Marabá Pioneira enfrentam, há cinco dias, o calor, a falta de luz, os danos a aparelhos e as consequências diretas nas vendas devido à queda e oscilação na energia elétrica.
Localizados na Av. Antônio Maia, os comércios vão de lojas de roupas a variedades. Na manhã desta terça-feira (10), a reportagem conversou com os lojistas que se encontram do lado esquerdo para quem entra no bairro pioneiro e foi informada de que a situação iniciou na sexta-feira (6).
Antônia Freitas, dona da Facce Nova Boutique, relata que, mesmo após vários protocolos de reclamação, ainda não houve retorno da distribuidora. “Fizemos o primeiro protocolo na sexta, depois na segunda e hoje reclamamos de novo. Mas ninguém resolve. Isso é uma perda enorme para o comércio, porque sem energia, nada funciona. As máquinas de cartão, o sistema, nada”, lamenta. Ela acrescenta que a situação é agravada pelo calor intenso, que desmotiva os clientes. “Sem energia, quem vai querer provar roupa com o calor que está fazendo?”, questiona.
Leia mais:O cenário é o mesmo na Óticas Marabá. A vendedora Fernanda Moraes também fala sobre o impacto direto da falta de eletricidade. “Já ligamos várias vezes para pedir que mandem uma equipe, mas até agora nada. Estamos sofrendo muito com esse calor absurdo e os clientes estão reclamando. A situação complica ainda mais o comércio, que já não está bem”, comenta Fernanda.
Ela também aponta que, além do ar-condicionado, a falta de energia afeta a oferta de água gelada e a possibilidade de servir alimentos aos clientes e colaboradores.
A demora no atendimento por parte da Equatorial e o impacto prolongado nos negócios trazem preocupação entre os lojistas, que pedem uma solução urgente. “Quando é para cortar a energia por falta de pagamento, eles vêm rápido. Agora, para resolver um problema como esse, estamos aqui, à mercê”, desabafa Fernanda.
Elan da Costa Ribeiro, gerente da Óticas Carol, compartilha as dificuldades enfrentadas. “O sistema da loja está fora do ar, não consigo cadastrar vendas nem fechar o caixa. Já ligamos várias vezes e a resposta é sempre que vão mandar uma equipe o mais rápido possível, mas até agora nada”, diz.
Ele e outros comerciantes da avenida já, inclusive, recorreram ao Procon nesta terça-feira, na tentativa de acelerar o processo de solução.
Dalvina Morais, vendedora da Central Importados, salienta o impacto financeiro. “Nosso sistema de vendas não está funcionando, o ar-condicionado não liga. Já estamos há cinco dias assim. Isso prejudica tanto a nós, como comerciantes, quanto aos clientes”, afirma. Ela considera a situação “inaceitável”, reforçando a reclamação constante à Equatorial, que até o momento apenas pede que “aguardem”.
NOTA DA EQUATORIAL
Curiosamente, a Reportagem do CORREIO DE CARAJÁS entrou em contato com a Equatorial às 11h13 sobre os dilemas dos comerciantes da Velha Marabá. A empresa alegou que naquele momento estava resolvendo o problema. Às 13h23 enviou a seguinte nota à Redação:
“A Equatorial Pará informa que uma equipe técnica foi direcionada até a Avenida Antônio Maia e que o fornecimento de energia elétrica já foi normalizado.
A situação ocorreu devido a uma sobrecarga na rede que atende a região.
A Distribuidora lamenta os transtornos e reforça a importância de registrar a ocorrência de falta de energia pelos canais oficiais da empresa que funcionam 24h por dia pelo 0800 091 0196, no aplicativo da Equatorial Energia ou pela assistente virtual Clara no WhastApp (91) 3217-8200”.
(Thays Araujo)