A polêmica envolvendo a Seleção de Marabá, no jogo contra Altamira, vem dando o que falar em todas as redes sociais que envolve futebol na região. Marabá venceu nos pênaltis a partida realizada em Pacajá, mas tudo indica que a equipe marabaense jogou irregular e pode ter os pontos entregues para Altamira e ainda corre risco de sofrer uma severa sanção.
O jogo em questão, aconteceu no domingo (8), em Pacajá, distante cerca de 300 quilômetros de Marabá. O selecionado marabaense viajou 7 horas pela rodovia Transamazônica para realizar a partida, onde o vencedor teria o direito de disputar as finais do Intermunicipal de Seleções. Marabá tem um único título, conquistado em 1991.
A viagem para Pacajá iniciou logo nas primeiras horas de domingo, devido à distância. Dos 25 atletas inscritos para o jogo, poucos apareceram. Apenas 11 jogadores embarcaram rumo à partida decisiva e desses 11, três estavam irregulares, segundo a Liga Esportiva de Altamira (Leal), que logo após o confronto entrou com um documento pedindo a impugnação do resultado e que fosse decretada a vitória para os altamirenses.
Leia mais:O presidente da Leal, Ricardo da Silva Oliveira, enviou à Federação Paraense de Futebol fotos e documentos colhidos no jogo. Segundo Ricardo, os atletas Raimundo S. Oliveira e Rodrigo S. de Almeida não constavam no mapa de atletas enviado à Federação Paraense. Ricardo encaminhou fotos que confirmam que estes atletas atuaram durante toda a partida.
O terceiro atleta supostamente irregular envolve um problema ainda mais grave. Vitor Gabriel Gomes de Araújo teria assinado na súmula com o nome de Thiago Pereira. Gabriel é acusado de ter vínculo com o futebol profissional, o que o impede de disputar a competição. O documento enviado pela Leal pede punição para o jogador por falsidade ideológica, prevista no Código Penal Brasileiro. O ofício pede que seja declarada a vitória de Altamira e vai mais além, pedindo a suspensão da licença de funcionamento da Liga Esportiva de Marabá junto à Federação Paraense de Futebol.
A reportagem enviou mensagens ao presidente da Lemar, Edson Pinheiro, que também coordenou a Copa Sul do Pará. Edson disse não saber de nada e que vai esperar a manifestação da FPF para analisar o assunto. Provocada por e-mail, a FPF ainda não enviou nenhuma nota à reportagem para falar sobre a gravidade do tema e uma possível punição. O que se sabe, é que o órgão está de recesso.
Esse problema vem gerando vários comentários pela cidade e deve trazer muita dor de cabeça ao diretor máximo da Lemar. Um dirigente da Seleção de Jacundá, Fábio Barata, disse que sofreu com a mesma fraude. Segundo ele, Jacundá também entrou com recurso contra Marabá por escalação de atleta irregular, mas ele diz que não foi atendido seu pedido.
Há anos, a Seleção de Cametá pegou um gancho de 4 anos por ter escalado um atleta profissional. Agora resta esperar o desenrolar dos acontecimentos para saber quais as medias que a FPF irá tomar diante deste caso. (Márcio Aquino)