Mais três mortes foram registradas na mesma área da zona rural de Baião, município localizado a 173 km de Tucuruí, sudeste paraense, foram registradas neste domingo (24). Na madrugada da sexta-feira (22), foram executados a tiros Dilma Ferreira Silva, 47 anos, coordenadora regional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), marido dela, Claudionor Costa da Silva, 42 anos, e um amigo do casal, Hilton Lopes, de 38 anos. O crime aconteceu na casa do casal, no assentamento Salvador Allende.
Já na madrugada deste domingo, foram encontrados três corpos carbonizados em uma fazenda, situada nas imediações da vicinal da Martins, próxima do assentamento onde ocorreu o primeiro triplo homicídio. De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Civil, as vítimas são funcionárias da propriedade rural, mas ainda não tiveram os nomes divulgados.
A distância entre um local de crime e outro é de apenas 14 quilômetros, mas a Polícia Civil afirma que ainda não é possível afirmar se existe relação entre os dois fatos, nem se os crimes são resultantes de conflitos agrários. Em nota divulgada hoje, segunda-feira (25), a instituição afirma que policiais civis da Superintendência Regional de Tucuruí e da Delegacia Especializada em Conflitos Agrários estão na região desde sexta.
Leia mais:“Segundo informações preliminares, os mortos na fazenda seriam um casal de caseiros e um tratorista. No domingo (24), uma equipe do IML (Instituto Médico Legal) foi acionada pela equipe de policiais civis que ainda estavam na região para remover os corpos do local. Diante da gravidade dos fatos, o delegado-geral Alberto Teixeira, e uma força-tarefa formada por policiais civis da DPI (Diretoria de Polícia do Interior), do Núcleo de Inteligência Policial (NIP), da Divisão de Homicídios de Belém e GPE (Grupo de Pronto-Emprego), estão em deslocamento para a região com o objetivo de reforçar a equipe da Polícia Civil que já investiga, desde a manhã da última sexta-feira, os eventos criminosos na região”, diz a assessoria de comunicação.
A Polícia Civil não descarta, nesse primeiro momento, nenhuma linha de investigação. (Luciana Marschall)