Correio de Carajás

Saraiva ganha e é declarado campeão marabaense 2022

Campeão em campo o JP usou atletas irregulares; falha do clube e falha da Lemar. Por conta disso, o troféu de vencedor precisou mudar de mãos. Foi justo!

Saraiva jogou dentro das quatro linhas e conseguiu o título de campeão ainda que tardiamente/ Fotos: Divulgação

Na noite de quinta-feira (26), aconteceu o julgamento do recurso impetrado pelo Saraiva pedindo o título marabaense de 2022. Por unanimidade, o júri votou a favor de tirar o título do Juventude Paraense, por irregularidades. Cabe recurso ainda.

O Saraiva ingressou com recurso, depois que identificou que pelo menos dois atletas do JP, atuavam de forma irregular, pois ambos teriam mais de três cartões amarelos seguidos, sem terem cumprido suspensão automática, que reza o regulamento. O meio campo Gabriel possuía cinco cartões amarelos e o camisa 10, Dias, possuía nada menos que sete cartões em sete partidas seguidas e mesmo assim jogou a final.

Jovilmar Alencar, o Neném, presidente do Saraiva, disse que chegou a alertar por várias vezes sobre as irregularidades, inclusive para outras equipes, como o Morada Nova, que saiu na semifinal. Ele disse que pediu todas as cópias das súmulas de jogo e vários atletas já tinham atuando da mesma forma. “Cheguei a pedir para a Lemar não realizar o pagamento da premiação, pois iria provar na Justiça que o Juventude estava irregular”, arrematou Neném.

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Régis Marques, presidente do Juventude Paraense, não quis se pronunciar sobre se iria recorrer ou não, mas existem comentários de que dificilmente o JP iria para estâncias superiores. Régis também não quis dar nenhuma declaração.

Na sentença, além da punição sofrida pelo JP, a Comissão Disciplinar formada por Rodrigo Albuquerque Botelho da Costa, Carlos Acioli Carvalho Oliveira e José Roberto Feitosa Neto, responsabilizou o clube Juventude Paraense e também a Lemar, orientando que o documento de Mapa de Rotina atual da Lemar, precisa sofrer mudanças que visem melhorar o entendimento dos clubes.

O Saraiva trouxe de Belém o advogado Emerson Maurício Dias, que já defendeu vários clubes no Estado. Emerson trouxe toda documentação de irregularidade, o que dificultou as argumentações da defesa.

Advogado Emerson Dias e Nenem Saraiva comemoram a vitória

Emerson Dias foi procurado por pelo menos mais dois clubes, após a audiência, para dar orientações se podem ou não recorrer sobre outros jogos. Um desse clubes é o Morada Nova, que saiu na semifinal para o JP. O União, que foi rebaixado, também procurou o advogado para esclarecer sobre uma possível volta do seu clube.

Caso União e Morada Nova deem entrada em um possível recurso, a situação do JP pode piorar muito, pois um pode pedir o direito ao vice-campeonato, o que teria que retornar aos cofres do clube, o montante de dez mil reais referente ao segundo lugar. Se o que já é ruim, pode piorar ainda mais, caso o União também tenha direito a retornar a Primeira Divisão e rebaixando o Juventude.

Por falar em dinheiro, a premiação do campeão recebida pelo JP terá que ser entregue ao Saraiva. Neném acha que é de responsabilidade da Lemar a entrega do dinheiro, já a Lemar diz que o JP que tem que fazer essa devolução, caso não recorra. Vamos aguardar os próximos capítulos.

Neném saiu com um sentimento de alívio e pode oferecer o título ao recém falecido irmão, Zemar Saraiva, que era seu braço direito. (Márcio Aquino/freelancer)