Duas pessoas foram presas na Operação “Lemniscata” realizada na manhã desta quinta-feira, 30, pelo Ministério Público do Pará (MPPA), na prefeitura de São Félix do Xingu, no sul do Pará. A operação, que envolveu seis equipes do Ministério Público em conjunto com agentes do Grupo de Atuação Especial de Inteligência e Segurança Institucional (GSI), visou combater fraude em licitação na compra de material de informática, que teria causado um rombo de quase R$ 1 milhão aos cofres públicos.
A Operação “Lemniscata” foi coordenada pelo promotor de Justiça Milton Lobo Menezes e contou com o apoio dos promotores de justiça no município Carlos Fernando Cruz da Silva e Cynthia Cordeiro, assim como agentes da Polícia Civil. Segundo o Ministério Público, uma denúncia anônima feita no site do MPPA, na Ouvidoria, originou a operação Lemniscata.
A operação cumpriu oito mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão. Foi realizando ainda o levantamento investigativo de possíveis fraudes em onze licitações de compra de material de informática feitas pela prefeitura do município.
Leia mais:De acordo com o MPPA, foram presos os comerciantes Erverton Fernandes Reis de Souza e Manoel Ribeiro da Silva acusados de serem “laranjas” do ouvidor da Prefeitura. Também é procurado Maximino Gomes, que se encontra foragido.
Ainda de acordo com o MPPA, Maximino Gomes seria o verdadeiro dono da empresa de material de informática Green Tech, envolvida nas fraudes de licitação de compra de material de informática para a prefeitura e suas secretarias e órgãos como Conselho Tutelar. Além das prisões, a operação “Lemniscata” apreendeu computadores e celulares e farda documentação das licitações suspeitas de fraudes, que chegariam a quase R$ 1 milhão de reais, entre os anos de 2017 e 2018.
A prefeitura de São Félix do Xingu ainda não divulgou nota sobre a operação. O portal também não conseguiu contato com nenhum representante da empresa e das pessoas acusadas de envolvimento na fraude. (Tina Santos)