Ao todo, seis pessoas foram autuadas para pagamento de multa diária no valor R$ 1 mil e tiveram que desocupar área localizada na terra indígena Trincheira Bacajá, em São Félix do Xingu, sudeste do Pará. As ocupações irregulares foram detectadas durante as ações de cumprimento da reintegração de posse, realizadas pelas equipes da Polícia Federal, do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), FUNAI (Fundação Nacional do Índio) e da Polícia Militar, que percorreram, nos dias 23 e 24 de outubro, toda a extensão da área tanto por vias terrestres quanto aéreas, com um helicóptero.
A primeira parte da reintegração ocorreu no dia 30 de setembro deste ano, quando a Justiça Federal de Redenção intimou os invasores a deixarem o local em um prazo de sete dias, sob pena de multa diária de R$1 mil em caso de descumprimento da decisão, além de retirada forçada. As diligências foram feitas por um oficial de justiça acompanhado de policiais federais, integrantes da Força Nacional de Segurança Pública e militares do Exército Brasileiro.
Após o prazo estabelecido pela Justiça para saída voluntária dos invasores, as equipes retornaram ao local para verificar se as terras haviam sido desocupadas e no último final de semana a reintegração de posse da terra indígena Trincheira Bacajá foi concluída, com a retirada dos últimos invasores.
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As equipes de fiscalização do IBAMA e do ICMBio realizaram levantamentos nas áreas invadidas e encontraram desmatamento dentro da terra indígena, causado por quatro madeireiras clandestinas que estavam em pleno funcionamento na Vila Sudoeste, localizada na porção sul da reserva.
A operação denominada Verde Brasil foi realizada no dia 22 de outubro e contou com apoio da Polícia Federal e também da Polícia Militar. No local, a fiscalização apreendeu um grande volume de madeira em toras e também serradas, inclusive de espécies proibidas como a Castanheira. Foram apreendidos 542 m3 de madeira em tora e serrada, que resultou em uma multa para as quatro empresas no valor R$ 244 mil referente ao depósito dessa madeira ilegal. Outras multas serão aplicadas em decorrência de outros crimes ambientais, podendo ultrapassar o valor de R$ 1 milhão de reais. (Fabiane Barbosa com informações da Polícia Federal)