Iniciada em janeiro de 2011, a Estação de Tratamento de Esgoto gerenciada pela Companhia de Saneamento do Pará, enfim, foi inaugurada em Marabá. A solenidade aconteceu na tarde desta sexta-feira (6) e contou com a presença do Governador do Estado, Simão Jatene, do presidente da Cosanpa, Cláudio Conde, e do diretor técnico da empresa, Fernando Martins. Custando mais de R$ 117 milhões, incluindo recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), empréstimo junto ao FGTS no valor de R$ 78,20 milhões, e mais R$ 38,97 milhões do Tesouro do Estado, o projeto vai beneficiar cerca de 40% da população local, segundo Conde.
“Com essa estação, cerca de 75 mil pessoas terão o esgoto tratado. Se a gente considerar que Marabá tem uma população urbana de aproximadamente 200 mil habitantes, e total de 275 mil, a gente está falando que só essa estação é capaz de coletar e tratar 40% do esgoto da cidade, mais que a maioria dos municípios da Amazônia Legal”, afirma.
A estrutura de 368,75m² de área construída tem 35,85 quilômetros de rede coletora, com previsão de englobar 1.958 ligações intradomiciliares de esgoto. Os bairros beneficiados nesta primeira fase são Amapá, Novo Horizonte e todo o núcleo da Nova Marabá. “Tem as rede coletoras, que são capilarizadas para a cidade. Essas estações coletoras drenam, através de elevatórias, o esgoto e todo o aparato de transporte para que chegue até a nossa estação, onde passa por etapa de tratamento químico e o resíduo é destinado, já isento de resíduos, para o meio ambiente”.
Leia mais:#ANUNCIO
Questionado pelo CORREIO sobre os projetos futuros da ETE, o presidente da companhia destacou que existe planejamento de expansão da rede para toda a cidade, porém ponderou que a expansão urbana da maioria das cidades tem acontecido de maneira desordenada. “Quando ela é planejada, a gente acompanha os conjuntos habitacionais que vão entrando, recepciona os projetos, analisa, discute com as empreiteiras e entidades públicas que estão construindo”, justificou.
Ele acrescentou ainda que os investimentos em tratamento de água, nos últimos oito anos em Marabá, chegam a casa dos R$ 300 milhões. Segundo informações divulgadas pela própria Cosanpa, os agentes sociais da estatal estão passando de casa em casa para fazer a adesão do consumidor ao serviço de coleta e tratamento de esgoto. As primeiras ligações vão ser gratuitas para os clientes. O cálculo da taxa de esgoto vai ser feito com base na conta de água, cobrando 60% do valor da tarifa.
Racionamento
No ano passado, os marabaenses enfrentaram grandes problemas relacionados ao abastecimento de água. O primeiro deles aconteceu entre os meses de agosto e setembro, quando frequentes falhas nas bombas de captação de água deixaram mais de 100 mil pessoas com as torneiras secas. Questionado sobre a situação, o diretor técnico da Cosanpa, Fernando Martins, garantiu que isso não ocorrerá novamente. Ele explicou que, antes, as bombas eram alimentadas pelas águas do rio, o que não funcionou muito bem, porque elas superaqueciam. “Agora temos quatro bombas de grande capacidade e sem esse tipo de problema novamente”. Conforme esclareceu, os equipamentos foram trocados e, agora, são movidos a óleo. No entanto, essa não foi a única problemática vivida em Marabá, já que ainda em setembro do ano passado, a companhia adotou o sistema de racionamento de água. O presidente Cláudio Conde, porém, defendeu que, em 2017, a região viveu o “pior verão” em mais de 40 anos, e que a medida foi necessária.
“Logo em seguida, a Casanpa teve uma capacidade rápida de reação e em menos de 30 dias o racionamento foi resolvido”. Além disso, afirmou que este ano o período de seca será tranquilo e sem problemas na distribuição.
(Nathália Viegas)
Iniciada em janeiro de 2011, a Estação de Tratamento de Esgoto gerenciada pela Companhia de Saneamento do Pará, enfim, foi inaugurada em Marabá. A solenidade aconteceu na tarde desta sexta-feira (6) e contou com a presença do Governador do Estado, Simão Jatene, do presidente da Cosanpa, Cláudio Conde, e do diretor técnico da empresa, Fernando Martins. Custando mais de R$ 117 milhões, incluindo recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), empréstimo junto ao FGTS no valor de R$ 78,20 milhões, e mais R$ 38,97 milhões do Tesouro do Estado, o projeto vai beneficiar cerca de 40% da população local, segundo Conde.
“Com essa estação, cerca de 75 mil pessoas terão o esgoto tratado. Se a gente considerar que Marabá tem uma população urbana de aproximadamente 200 mil habitantes, e total de 275 mil, a gente está falando que só essa estação é capaz de coletar e tratar 40% do esgoto da cidade, mais que a maioria dos municípios da Amazônia Legal”, afirma.
A estrutura de 368,75m² de área construída tem 35,85 quilômetros de rede coletora, com previsão de englobar 1.958 ligações intradomiciliares de esgoto. Os bairros beneficiados nesta primeira fase são Amapá, Novo Horizonte e todo o núcleo da Nova Marabá. “Tem as rede coletoras, que são capilarizadas para a cidade. Essas estações coletoras drenam, através de elevatórias, o esgoto e todo o aparato de transporte para que chegue até a nossa estação, onde passa por etapa de tratamento químico e o resíduo é destinado, já isento de resíduos, para o meio ambiente”.
#ANUNCIO
Questionado pelo CORREIO sobre os projetos futuros da ETE, o presidente da companhia destacou que existe planejamento de expansão da rede para toda a cidade, porém ponderou que a expansão urbana da maioria das cidades tem acontecido de maneira desordenada. “Quando ela é planejada, a gente acompanha os conjuntos habitacionais que vão entrando, recepciona os projetos, analisa, discute com as empreiteiras e entidades públicas que estão construindo”, justificou.
Ele acrescentou ainda que os investimentos em tratamento de água, nos últimos oito anos em Marabá, chegam a casa dos R$ 300 milhões. Segundo informações divulgadas pela própria Cosanpa, os agentes sociais da estatal estão passando de casa em casa para fazer a adesão do consumidor ao serviço de coleta e tratamento de esgoto. As primeiras ligações vão ser gratuitas para os clientes. O cálculo da taxa de esgoto vai ser feito com base na conta de água, cobrando 60% do valor da tarifa.
Racionamento
No ano passado, os marabaenses enfrentaram grandes problemas relacionados ao abastecimento de água. O primeiro deles aconteceu entre os meses de agosto e setembro, quando frequentes falhas nas bombas de captação de água deixaram mais de 100 mil pessoas com as torneiras secas. Questionado sobre a situação, o diretor técnico da Cosanpa, Fernando Martins, garantiu que isso não ocorrerá novamente. Ele explicou que, antes, as bombas eram alimentadas pelas águas do rio, o que não funcionou muito bem, porque elas superaqueciam. “Agora temos quatro bombas de grande capacidade e sem esse tipo de problema novamente”. Conforme esclareceu, os equipamentos foram trocados e, agora, são movidos a óleo. No entanto, essa não foi a única problemática vivida em Marabá, já que ainda em setembro do ano passado, a companhia adotou o sistema de racionamento de água. O presidente Cláudio Conde, porém, defendeu que, em 2017, a região viveu o “pior verão” em mais de 40 anos, e que a medida foi necessária.
“Logo em seguida, a Casanpa teve uma capacidade rápida de reação e em menos de 30 dias o racionamento foi resolvido”. Além disso, afirmou que este ano o período de seca será tranquilo e sem problemas na distribuição.
(Nathália Viegas)