Uma pequena vila encravada no interior de Cametá tornou-se repetidamente conhecida em várias parte do Pará e do Brasil ao ser romanceada pelas mãos de um de seus filhos. Trata-se de Salomão Larêdo, nome destacado no cenário literário amazônico. É advogado, jornalista e professor, que já veio tantas vezes em Marabá para divulgar obras e participar de um projeto que ele criou para estimular a leitura e formação de leitores.
Esta semana, é um dos dois homenageados na 26ª Feira Pan-Amazônica do Livro, em Belém, ao lado de Heliana Barriga, de Castanhal. A noite de autógrafos aconteceu no sábado, 9, com grande participação popular.
Larêdo nasceu na Vila do Carmo, em Cametá, em 1949 e mudou-se para a capital, Belém, com a família de seus pais, aos dez anos de idade. É pós graduado em análise literária pela Universidade do Estado do Pará, mestre em teoria literária pela mesma instituição. Além dos muitos prêmios que recebeu, figura na lista de escritores brasileiros do século 21, no Dictionary of Literary Biography, de 2019, e tem mais de 50 obras publicadas.
Leia mais:É casado com Maria Lygia Nassar Larêdo, pais de Filipe Nassar Larêdo e avôs de Zion, de 5 anos e Maeve, de 3. Aliás, Filipe também é escritor, professor de comunicação da Unama, pesquisador e editor de livros.
A seguir, acompanhe entrevista concedida ao CORREIO pouco antes da abertura da feira:
CORREIO – A Feira Pan-Amazônica do Livro já homenageou personalidades de renome mundial, como Gabriel Garcia Márquez. Agora, mais uma vez, privilegia artistas amazônicos às vésperas da realização da COP-30. A realidade amazônica ainda precisa ser mais explorada e conhecida pelos amazônidas?
Salomão Larêdo – Natural da geografia da Vila do Carmo cametaense, vou renderizando e clicando tudo que encontro e cada dia mais preocupado com o desmatamento cultural decorrente da invasão e enorme desmatamento físico de nossa região sempre desprezada, ainda que tenhamos a maior reserva de água doce, maior índice de analfabetismo, mortalidade infantil, doenças infectocontagiosas, sem saneamento básico, sem água tratada, e sempre destratada nos rios e igarapés pelas fortes poluições de mercúrio e outros, sem energia nem luz elétrica.
Internet na Amazônia paraense não se percebe nem sinal. E como queres que eu estude de forma virtual sem ter ferramentas e energia, nem luz no meu barraco?
Açaí, peixe, madeira, minério, música tudo que é nosso, do bom e do melhor é tudo exportado e continuamos sem saúde e sem educação, como não jogar lixo na rua?
Maior produtor de energia elétrica o Pará continua tendo constantes aumentos nas tarifas e pagando as maiores tarifas do Brasil por produto que chega bruto, sem ser refinado, por fios apodrecidos e por isso, há falta constante de energia que não tem estabilidade e queima, no vai e vem constante, os eletrodomésticos dos que conseguem ter, pois a grande maioria, sobretudo o ribeirinho e gente do meio da floresta, não tem acesso à energia elétrica e nem aos confortos da chamada Vida Moderna!
Somos povo pobre numa região rica e com brutal desigualdade em todos os sentidos.
CORREIO – E diante de tanto desconforto, descaso e desprezo, qual o papel de cidadão, de escritor?
Salomão Larêdo – Na verdade, nesse teatro, nem papel temos. Não temos papel, nem mesmo escrevendo livros, não somos ouvidos, nem cheirados e nem lidos, nossa produção não existe. Não existimos. Não temos bibliotecas nas escolas e nem livro do autor local. Somos completamente desconhecidos, fantasmas, invisíveis! Inexistimos!
Com arrogante supremacia atores outros chegam e nos negam participação nos debates sobre a Amazônia de que somos feitos, de onde viemos, conhecemos e vivemos desde nossas raízes, somos silenciados no debate sobre nosso próprio destino e de nossas florestas e nosso meio ambiente impondo soluções inviáveis que nossa gente nem tem conhecimento, mas, tem um tipo de pressuposto: nossa gente autóctone, do mato, todo nativo sabe e conhece muito bem a natureza amazônica e saber dela tratar, cuidar, sem degradar, sem destruir.
Logo, a Amazônia paraense precisa com urgência ser conhecida, estudada, pesquisada. É premente que façamos isso, pois quem conhece, ama, luta, defende.
CORREIO – Qual nosso papel nesse desmatamento cultural?
Salomão Larêdo – Sou grato ao governador Helder Barbalho que me convidou pessoalmente, ao meu amigo Junior Soares, diretor de Cultura da Secult, irmão-músico e artista do Instituto Arraial do Pavulagem que me comunicou; ao prezado Bruno Chagas que estava à época como titular da Secult e à caríssima amiga Ursula Vidal, que é a secretária de Estado de Cultura do Pará.
Obrigado Maria Do Céu e demais amigas e amigos, que incansavelmente trabalham na Secult e para que esta Feira do Livro Pan aconteça cheia de novidades e bonitezas, para todos e todas.
Quero abrir enorme parêntese para libertar a minha voz de escritor do sítio, da Vila do Carmo cametaense amazônica do Pará e liberar imenso grito que estava há muito preso no meu coração e na garganta para dizer:
Muito obrigado governador Helder Barbalho!
Parabéns, governador Helder Barbalho, por teres modificado o modo de olhar e ver a literatura autóctone, nativa do Pará, a literatura brasileira que se produz no Pará e dar chance e oportunidade através da Feira do Livro, ao paraense de perceber que temos muitos e bons autores que provêm do interior, das beiradas dos rios e nesse sentido homenagear dois escritores do interior, a querida colega Heliana Barriga, que nasceu em Castanhal e a mim, Salomão Larêdo, que venho da Vila do Carmo.
Chamo a atenção para essa grande justiça num momento altamente histórico e por essa grande transformação na Feira do Livro, que está se libertando das garras da burguesia, que alcança a periferia, o interior e homenageia a nossa gente simples, do mato, da floresta, da beira do rio, que esperava, ávido, como se aguarda uma nova Cabanagem.
CORREIO – Suas obras são a trilha sonora de ribeirinhos, mesmo daqueles que nunca leram as histórias que você já escreveu. O que ainda falta escrever sobre o homem que vive às margens do Rio Tocantins?
Salomão Larêdo – Falta escrever tudo e muito mais. Precisamos conhecer mais, pesquisar mais, falar e escrever mais sobre a Amazônia paraense, mítica e mística, região rica de povo pobre. E que o que se escreve, esteja democraticamente disponível para todos e todas. O acesso ao livro, leitura, à biblioteca, aqui no Pará, deve ser trabalho intenso e contínuo. Temos que ter muita ação, de todos e todas, para formar leitor crítico.
CORREIO – Embora você tenha formação universitária e sempre esteja envolvido num ambiente que privilegia o academicismo, consegue dialogar com pessoas simples por meio de uma linguagem comum. Como consegue conciliar esses dois mundos?
Salomão Laredo – Vivo num país de poucos leitores e por isso, tenho consciência de que devo escrever de forma simples, sem ser simplório, para que todos possam entender e compreender meu texto, a mensagem que quero passar e quero que todos tenham acesso. Não sou intelectual, sou escritor, escrevo para o leitor simples, par quem gosta de ler.
CORREIO – A Feira Pan-Amazônica agrega um público imenso, mas essencialmente jovem, com crianças e adolescentes. Qual o desafio para alcançar essa geração com literatura de fôlego como a sua?
Salomão Larêdo – Imenso é o desafio. Ando em busca de alternativas, saídas. Contudo, a linha mestra é formar leitor. Gostar de ler é fundamental para a pessoa saber mais, pesquisar. E desenvolver mais ainda o gosto e o prazer que é ler. Tenho feito livro impresso de diversos tamanhos. Livros com 14 páginas e com mais páginas, temos para todos os gostos e interesses, até mesmo este BAIXO-TOCANTINS, que tem 1.105 páginas, o mais alentado que já publiquei, que é uma espécie de etnoliteratura. Meu fado é escrever, sou escritor que gosta de seu ofício, as obras estão aí, são mais de 54 livros para quem quiser ler e saber.
Procuro estar atento e identificar os nossos mitos, também os modernos; estar atento às nossas contradições e às relações entre o meu texto, ou seja, a arte literária e a sociedade em que vivo, a construção histórica dos povos aquáticos do qual pertenço. Sou mariscador. Marisco palavras. Sou muito confessional, confesso tudo no texto com lambanças cheias de lembranças.
E entendo que nossa educação pode avançar muito se passarmos a instruir, mostras, demonstrar e lecionar a todos, sobretudo aos estudantes a olhar o óbvio, ou seja, os rios, as águas, a floresta, o mato, nossa cultura, arte, nossa gente, sotaque, fala, costumes etc, pois nossa gente – o caboco, o indígena, o nativo, o autóctone – é sábia e tem sempre solução às situações do cotidiano, do manejo, da água potável etc. Precisamos valorizar, repito, o que é nosso. Nas escolas, bibliotecas, em casa, devemos ter livros de autores locais que falem de nossa realidade, porque o discurso tem que bater com a prática.
CORREIO – Homenagear escritores regionais numa feira literária como esta é bastante elogiável. Você não acha que falta colocar nossos autores com mais frequência entre os livros paradidáticos das escolas púbicas?
Salomão Larêdo – Somos suprimidos da literatura brasileira? Quem impede o acesso aos livros dos escritores do Norte? Quem nos deprecia? Quem nos esconde? Por quem somos suprimidos da literatura brasileira? O recado político é de que somos tratados assim para permanecer a alienação e por isso somos escondidos e esquecidos, invisíveis e invisibilizados pelos que não querem ver nossa produção e ler nossas obras para saber que produzimos Literatura Brasileira aqui no Pará? Somos vítimas de preconceito, sim, e somos silenciados historicamente, sim. Há muito vivemos esses dilemas estéticos, culturais e políticos, traços da sociedade brasileira e não podemos mais aceitar passivamente esse inexistir como escritores. O Brasil tem fome de leitura dos livros dos escritores do Pará.
CORREIO – As feiras literárias ainda ocorrem por várias partes do País. Mas, por outro lado, presenciamos livrarias fechando, bancas de revistas que seguem o mesmo caminho e as selfies ganhando lugar da leitura de livros físicos. Como incentivar os jovens da Geração Z a andar na contramão dessa realidade tão preocupante?
Salomão Larêdo – Estou procurando resposta, meios, alternativas de, diante do que você sabiamente coloca, que é verdadeiro, ocorre e é a realidade, estimular, incentivar, formar leitor, pesquisadores de nossa cultura. Que tecnologia usar, qual a melhor plataforma? Livro impresso, e-book, formatos, mais ilustração, fonte maior, menos páginas, como fazer e proceder? É uma busca incessante. Ainda não tenho respostas. Utilizo nos meus textos a pedagogia do desejo. Procuro atrair, seduzir o leitor fazendo texto simples, gostoso, prazeroso e que o enrede para que ao se divertir, pense e, pensando, transforme a sociedade, a comunidade, para melhor e isso coopere para que tenhamos um mundo melhor, mais justo, mais fraterno, menos desigual, que respeita o outro e todos sejam felizes!
CORREIO – Na década de 1990 você liderava e participava do projeto O autor vai à Escola, de incentivo à leitura, que alcançou milhares de estudantes de escolas de diversos municípios do Estado. Ele seria relevante hoje, em tempos de smartphones?
Salomão Larêdo – Sim, ainda trabalho com muito afinco na formação do leitor crítico. Nada arrefece meu ânimo. É preciso que todos trabalhemos com esse objetivo, formar cidadãos críticos, cidadania cultural, política, social, tudo é importante e dever de todos nós. O acesso ao livro, à cultura é direito de todos. Biblioteca, livro, leitura, muita educação e cultura em toda parte. Devemos reivindicar políticas públicas nesse sentido. Devemos pressionar os políticos, governantes para que isso seja uma realidade. Melhor leitor, melhor eleitor. A troca da vogal inicial é essencial.
CORREIO – “Terra dos Romualdos: País dos Maparás”, um dos seus livros mais densos, tem uma história envolvente e pode ser considerado uma cartografia memorialista do Baixo Tocantins. Claro, você nasceu em Cametá e aquele é o seu rincão de memórias afetivas. Há muita gente que viaja para lá a fim de percorrer o caminho que o escritor desenha com as palavras?
Salomão Larêdo – Caríssimo amigo Pompeu. Você é leitor e gosta dos livros que venho escrevendo e analisa muito e como jornalista, é sagaz e quer saber mais do que tem no Terra dos Romualdos, onde consolidei muito material de pesquisa de nossa área, no que chamo literatura de testemunho ou memórias, para informar o leitor e fico contente com essa pergunta que me dá chance de dizer que o recente livro que publiquei o BAIXO-TOCANTINS, que tem 1.104 páginas, é um dos mais alentados e tem muito mais informação e diferente do que o Terra dos Romualdos. Chego a afirmar que o BT é uma etnoliteratura. Elaborei este trabalho no período da pendemia da covid-19, junto com mais cinco (Pedral Canal do Inferno, Putiri, Vila do Carmo, Onze Bandeirinhas e Banhos de Rio) que você sabe que leio e escrevo vários livros ao mesmo tempo e fiz este BT pensando em ajudar, no futuro, quem queira utilizar como fonte de pesquisa. É que percebi que não tínhamos aqui em nossa região, material para o curioso iniciar seu processo de conhecimento e ser estimulado a prosseguir, sim, porque muita gente percorre o caminho que o escritor desenha com as palavras. Que poética esta tua frase que encerra inteligente pergunta.
CORREIO – “Pedral, Canal do Inferno” tem muito mais histórias relacionadas a uma região que não é mais do Baixo Tocantins. Nesta obra, a literatura está a serviço do social, denunciando ações políticas de grande impacto à comunidade?
Salomão Larêdo – Pedral, Canal do Inferno é romance ficcional em que procuro usar inovador estilo fazendo os personagens se desdobrarem em muitos cenários inspirados nos rumos do Pedral do Lourenção, área de Itupiranga/Marabá, sudeste do Pará, região utilizada pelas guerrilhas na época da ditadura militar e que o autor mostra personagens fazendo descobertas e se abismando com os acontecimentos. Nessa área, o governo federal há muitos anos pretende derrocar para funcionar a hidrovia Araguaia-Tocantins, unindo Goiânia a Belém, visando escoar pelo lindíssimo Rio Tocantins – o mais bonito do mundo – produção e riqueza Amazônica e as comunidades, os movimentos sociais, à montante e jusante, para não serem mais uma vez prejudicadas, querem discutir o modus operandi.
Os meus livros, todos, contêm discussões também nesse campo das relações humanas e este Pedral não é diferente. Todavia, agora, fica mais evidente quando exponho a profanação – conforme leciona o filósofo Giorgio Agamben -, como denúncia daquilo que foi subtraído dos amazônidas e é preciso ser restituído ao livre uso, devolvido à propriedade das gentes daqui, restituição justa. É preciso, então, profanar, tirar, pegar de volta, do uso particular para o uso comum do povo. Aprendi muito cedo que o catolicismo popular com sua piedade popular é um viés para discutir mercado da fé, poder religioso de toda espécie, também a crença das pessoas no sentido de não se deixar enganar e ir nas lábias de falsos profetas que proliferam em toda parte e por isso, a personagem Rude vive e convive com o que é falso, hipócrita, mentiroso na religião em que se envolve, no outro sentido de sacro e profano que estamos mais habituados a escutar e ver como expulsão de demônio, misteriosos milagres dos fenômenos de hipnose que o povão aprecia, acha um barato, curte, por ser espetáculo atraente, que tem ingresso pago. Mas, não se iluda com a pseudo conformação dela, a busca do céu, da prosperidade que dizem o sujeito alcança quando está cansado, fatigado. Rude é insubmissa, espertíssima, não cai em miríade de bispo, pastor, clérigo etc.
Procuro fazer texto com possibilidades de interseções que hospedem outros e outros e mais outros com revestimento cuidadoso e vestimenta bem confeccionada para reacender debates. Trabalho com mitos, com os mitos, todos, possíveis, desde os pessoais até os coletivos, das comunidades locais e de outras paragens, o mito que dá origem ao mito que origina outro e outro.
Eu sou romancista, da área da ficção, então fiz uma narrativa em cima de temas importantes para provocar reflexões sobre a água, o transporte, as nossas riquezas, o homem da Amazônia, o negro, o índio, que são temas recorrentes na minha trajetória.
Sempre é um desafio a construção de um livro, fazer uma narrativa bem-feita e eficaz, mas é sempre gostoso trabalhar a ficção, porque me aproprio do universo lúdico para falar das coisas humanas.
CORREIO – O Rio Tocantins que banha a Vila do Carmo, onde você nasceu, é o mesmo que alimenta Marabá e tantos outros municípios do Pará e do Maranhão e Tocantins. Qual a diferença de usar a literatura como arma em favor da natureza e dos ribeirinhos como na construção da Hidrelétrica de Tucuruí e, agora, com o derrocamento do Lourenção?
Salomão Larêdo – Não vejo nenhuma diferença. Elas se completam, uma ajuda a outra quando se trata de defender o interesse do povo. A palavra é arma poderosa do bem, da paz e do amor, verbo que se faz necessário para esclarecer, mostrar incentivar e, sobretudo, defender excluídos, o pobre, negro, o indígena, a mulher, o menor, desfavorecidos, as minorias oprimidas. Nesse sentido, apoiamos os movimentos sociais que lutam em defesa do nosso meio ambiente, do pescador, do ribeirinho nos seus direitos e que devem ser respeitados. Nossa gente precisa ser ouvida, ter direito de opinar e ter todos os seus direitos muito respeitados, sempre. As comunidades, os movimentos sociais, colônias de pescadores, associações quilombolas, de mulheres, sindicatos e outras, por não serem ouvidas, partícipes, manifestam-se, com muita propriedade, contrárias, como aconteceu com a construção da Hidrelétrica de Tucuruí e na oportunidade escrevi o romance ficcional: “Sibele Mendes de amor e luta”, que lancei em 1984. A história se repete.
CORREIO – Você foi contemporâneo e amigo de Ademir Braz, o maior poeta e escritor marabaense, que faleceu há pouco mais de um ano. A região tocantina tem uma nova geração de escritores capaz de defendê-la por meio da arte nas próximas décadas?
Salomão Larêdo – Ademir Braz é um dos maiores poetas e escritores de nossa Literatura Brasileira que se produz no Pará e que faleceu precocemente. Meu amigo, colega jornalista e escritor. Mantinha amizade de longa data com este grande pesquisador. Precisa e merece ser homenageado e seus trabalhos reeditados e relançados.
Temos muita gente de valor em Marabá e no sul e sudeste do Pará. Destaco também o Airton Souza, valor jovem, premiadíssimo, revelação de autor prolífico, de renome nacional.
Com uma boa política pública de valorizar o que é nosso, muitos trabalhos e nomes de autores locais de Marabá e de todo o Pará e da Amazônia deverão se tornar conhecidos, valorizados e suas obras percorrendo leitores pelo Brasil todo.