A eleição não acabou em Marabá. Ainda este ano outro processo de votação vai acontecer na cidade. Pela primeira vez, desde a sua fundação, em 1972, a Associação Comercial e Industrial de Marabá (Acim) realiza uma eleição para que os associados escolham o próximo presidente para o biênio 2021/2022. Nesses 48 anos, o presidente era eleito por aclamação. A novidade está mobilizando diretores e associados.
A eleição acontece no próximo dia 7 de dezembro e o pleito está sendo coordenado pelo empresário Mauro de Souza, ex-presidente e hoje membro do Conselho Superior da Acim. Disputam o cargo mais elevado o atual presidente, Raimundo Nonato Araújo Júnior, que concorre à reeleição, e João Tatagiba, este apoiado por um grupo que se formou na entidade, reivindicando a renovação da diretoria.
Ainda no assunto eleição, o vice-campeão de votos para vereador, em Marabá, Aerton Grande (Solidariedade) montou em um trio elétrico no último sábado, 21, e percorreu as ruas de Morada Nova e até mesmo de Murumuru, de onde recebeu a grande maioria dos 2.744 votos que recebeu na eleição do último dia 15. Ele mesmo falava com os moradores ao microfone, saudava e cumprimentava pelo nome uma grande maioria dos moradores.
Leia mais:Em São Domingos do Araguaia, a prefeita eleita, Elizane Soares promoveu um culto de ação de graças em praça pública na última sexta-feira, 20, como forma de agradecimento pelos votos que recebeu. O evento foi bastante prestigiado e recebeu até mesmo a cantora Eliane Fernandes, de Goiânia-GO.
A vinda do secretário especial de regularização fundiária do Ministério da Agricultura, o fazendeiro Nabhan Garcia, a Marabá, continua dando panos para as mangas. O Ministério Público Federal reclamava ontem, segunda-feira, 23, que a CEP (Comissão de Ética Pública) do Palácio do Planalto completa nove meses sem decidir sobre uma recomendação encaminhada ao órgão para reafirmar a liberdade de expressão como direito fundamental dos servidores públicos.
O MPF recomenda que os ocupantes de cargos de chefia sejam advertidos a não impor censura a críticas que recebam de servidores, como ocorreu com uma servidora do Incra em Marabá, em fevereiro deste ano.
Nabhan Garcia participava de um debate aberto ao público na Câmara Municipal de Marabá (PA), quando uma das pessoas que assistia à palestra, a geógrafa Ivone Rigo, servidora do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), pediu a palavra. Ivone questionou Nabhan sobre a paralisação de processos de regularização fundiária no Incra e sobre a falta de estrutura para o órgão exercer o poder de fiscalização.
Conforme a gravação revelada pelo CORREIO, Nabhan Garcia disse que Ivone era “uma servidora simples”, que “parece não conhecer de hierarquia” e não poderia “vir aqui questionar a instituição”.
Um dia após a divulgação do áudio da audiência em Marabá, a PFDC (Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão), órgão do MPF vinculado à PGR (Procuradoria Geral da República), pediu à CEP, em 20 de fevereiro último, que se manifestasse a fim de alertar os mais de 700 servidores que integram a chamada alta administração federal sobre “condutas abusivas a partir de noção equivocada de hierarquia”.