Os funcionários das empresas TCA e Nasson, responsáveis pelo transporte público do município, fecharam a Rodovia Transamazônica na manhã desta quarta-feira, dia 11, em frente à Secretaria Municipal de Viação e Obras Públicas (SEVOP). É o terceiro dia consecutivo em que as paradas de ônibus e o Terminal de Coletivos de Marabá, localizado na Folha 26, Nova Marabá, amanheceram lotados.
Mais de 23 ônibus e cerca de 60 funcionários estavam em frente à Secretaria. Com apitos e cartazes, eles fechavam a Rodovia e liberavam o trânsito após alguns minutos de bloqueio. Dezenas de motoristas que passavam pelo local faziam um “buzinaço” em apoio à manifestação.
Os trabalhadores reivindicam o pagamento de três meses de salários atrasados e sete meses de vale alimentação. Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviários do Estado do Pará (Sintrasul), Ozéias Brandão, o movimento dos rodoviários continua porque até agora a empresa não se manifestou.
Leia mais:De acordo com um funcionário que não quis se identificar, a manifestação tinha o objetivo de chamar a atenção do prefeito Sebastião Miranda. “Ele, como gestor da cidade, é a única pessoa que pode resolver esse problema quebrando o contrato com essa empresa. Sabemos que obrigar a empresa a nos pagar ele não vai, mas ele tem o poder de quebrar o contrato e abrir licitação para que outra companhia de qualidade possa rodar aqui Marabá. A população tá sendo penalizada e nós mais ainda”, desabafou o servidor.
O Portal Correio de Carajás entrou em contato por telefone com a assessoria de imprensa da Prefeitura para esclarecimentos. Segundo o órgão, a manifestação é importante para acelerar o processo de cancelamento com as empresas. “As empresas não estão cumprindo com nada daquilo que foi acordado em Ata na presença do prefeito. A prefeitura infelizmente não pode fazer nada, está de pés e mãos atados até esse processo ser finalizado. Mas isso (a manifestação), sem dúvida nenhuma acelera o processo de descompatibilização e abertura da nova licitação”, explicou.
O Portal também procurou o advogado das empresas, Robert Silva, que afirmou que a manifestação é abusiva. “Ao invés de fazer a operação normal, de transitar, colher passageiros, eles reteram a posse indevida dos veículos das empresas. Estou informando ao juiz do Tribunal Regional do trabalho, bem como a Vara do Trabalho, pra poder garantir a reintegração de posse dos bens, só que queremos fazer tudo isso de forma pacífica, para não prejudicar ainda mais os colaboradores”, replicou o causídico ao Portal.
Mais atualizações da situação do transporte em Marabá você acompanha na edição de amanhã, no Jornal Correio de Carajás. (Karine Sued)