Correio de Carajás

Rio Tocantins chega a 9,40 metros e já desabriga mais de 30 famílias

Depois de uma noite de muita chuva em Marabá, o Rio Tocantins atingiu nesta sexta (26) 9,40 metros acima do nível normal. Desde o último dia 19, muitas famílias, que tiveram suas casas tomadas pela água, começaram a procurar o abrigo disponível. Segundo as últimas informações da Defesa Civil, 34 famílias já deixaram suas residências e estão no abrigo do Ginásio da Obra Kolping do Brasil, que fica localizado no bairro Belo Horizonte.

Ginásio da Obra Kolping, no bairro Belo Horizonte já é tomado por famílias desabrigadas

Moradora da Rua Vital Brasil, no bairro da Paz, dona Antônia Marques, 55 anos, fez sua mudança na tarde desta quinta (25) na carroça da família. “O pessoal aqui tem um caminhão para nos ajudar, mas só vive ocupado, então estamos trazendo nossas coisas na carroça do meu marido mesmo”.

Antônia Marques fez sua mudança em uma carroça para fugir da enchente

Sem nenhum tipo de cadastramento, dona Antônia contou à reportagem do CORREIO DE CARAJÁS que não procurou ninguém da prefeitura até o momento. “Como a gente sabe que tem esse local aqui, já viemos logo pra cá. Inclusive, meu filho e minhas netas, que moram na mesma rua, também estão vindo para este local. Moramos na mesma rua e está tudo alagado”.

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Com a chegada do período chuvoso, Sebastião Reginaldo de Oliveira realiza todos os anos o trabalho voluntário dedicando seu tempo a ajudar as famílias que têm suas casas alagadas e que precisam de apoio.

Sebastião Reginaldo trabalha como voluntário dando apoio as famílias

O voluntário explica que a Defesa Civil está no local dando todo o auxílio necessário a essas famílias que estão chegando dos bairros Carajás I e II, Bom Planalto, São Miguel da Conquista, Folha 33 e Amapá.

“Ano passado, havia mais de 60 famílias aqui no ginásio, esse ano a instrução é colocar apenas 35 famílias”, explicou ele, possivelmente em função do temor de infecção por covid-19.

Também na tarde de ontem, a Reportagem acompanhou uma equipe da Defesa Civil reunindo-se com representantes das famílias para orientar sobre relações de convivência no local, evitando música alta, cuidando dos animais, entre outras questões para evitar crise interna. (Ana Mangas e Evangelista Rocha)