Correio de Carajás

Retrato falado de matador de mulheres será usado para identificar assassino

Dez testemunhas ouvidas pela Polícia Civil não identificaram o homem que entrou em um bar e tirou a vida de duas mulheres no dia 3 deste mês de abril

Passados 18 dias desde que Gleide Saudane Aguiar e Leiane Alves da Silva foram assassinadas a tiros em um bar no Bairro Araguaia (Nova Marabá), a Polícia Civil já ouviu 10 testemunhas, mas ninguém foi capaz de identificar o criminoso. Diante disso, o Departamento de Homicídios da Polícia Civil vai confeccionar um retrato-falado do homem que matou as duas mulheres e ainda feriu mais duas pessoas.

A informação foi confirmada pelo delegado Toni Rinaldo Rodrigues de Vargas, titular da delegacia especializada. “Duas testemunhas serão intimadas para comparecer à delegacia e será confeccionado um retrato-falado que posteriormente será publicizado”, reafirma o policial.

Delegado Toni Vargas: “Nós temos um evento com dois homicídios consumados e duas tentativas”/ Foto: Diego Costa/TV Correio

Toni Vargas diz acreditar que o crime não foi premeditado e nem passional. As vítimas estavam no bar com o esposo de uma delas quando o assassino chegou assediando Leiane, que estava solteira. Isso ocorreu exatamente no momento em que o esposo de Gleide tinha ido ao banheiro. Foi aí que começou o tiroteio.

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“Tendo a negativa de uma maior aproximação, essa pessoa sacou uma pistola e realizou diversos disparos fatais contra Gleide e Leiane”, relata Vargas, acrescentando que os tiros que o homicida disparou contra Francisco Ferreira de Sousa e Lourival José da Costa, que estavam no bar na hora que tudo ocorreu, não foram tiros aleatórios. “Ele quis efetuar os disparos”, garante o delegado.

Uma das coisas que dificultam a identificação do assassino é o fato de que havia pouca luz no bar. Além disso, coincidentemente, no momento da fuga, o atirador conseguiu passar pelo ponto cego da câmera de segurança.

Por outro lado, o fato de ele ter chegado ao bar sozinho e aparentemente a pé, em uma área de periferia, o que indica que ele pode ser morador daquela região da cidade. Mesmo assim, ele não foi reconhecido pelas testemunhas.

O autor do assassinato das duas mulheres ainda não foi identificado pela polícia

Disque Denúncia

O policial compartilha a responsabilidade sobre a investigação com a sociedade, que pode ajudar através do Disque Denúncia, tanto pelo 181, da Secretaria de Segurança do Estado, quanto pelo Disque Denúncia Sudeste do Pará, nos números (94) 3312-3350, WhatsApp (94) 98198-3350 e o APP com o mesmo nome disponível em androide.

Toni Vargas observa que quando ocorre um fato dessa natureza, é normal as pessoas ficarem assustadas, sem saber em quem confiar. Mas ele confirma que o Disque Denúncia é gratuito e garante o anonimato do denunciante.

Esse crime não pode ficar impune. “Aqui não temos um crime, nós temos um evento com dois homicídios consumados e duas tentativas de homicídio. Ou seja, nós temos quatro vítimas”, detalha o policial.

(Chagas Filho)