Uma epidemia de diabetes mellitus (DM) está em curso. Atualmente, estima-se que a população mundial com diabetes seja da ordem de 387 milhões e que alcance 471 milhões em 2035.
Cerca de 80% desses indivíduos vivem em países em desenvolvimento, onde a epidemia tem maior intensidade e há crescente proporção de pessoas acometidas em grupos etários mais jovens, as quais coexistem com o problema que as doenças infecciosas ainda representam.
O número de diabéticos está aumentando em virtude do crescimento e do envelhecimento populacional, da maior urbanização, da progressiva prevalência de obesidade e sedentarismo, bem como da maior sobrevida de pacientes com DM. Quantificar o predomínio atual de DM e estimar o número de pessoas com diabetes no futuro.
Leia mais:Eduardo Novais, Fellow de Retina na Tufts University, Boston, EUA. E Rubens Belfort Jr., Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, apresentam um estudo sobre um tema de grande importância na área médica no campo da oftalmologia, a retinopatia diabética. Aqui transcrito uma sinopse de seu trabalho baseado em vários estudos da especialidade.
A retinopatia diabética é a complicação microvascular causada pelo diabetes (tipo I, tipo II e diabetes gestacional). Com o aumento da prevalência global se tornou uma das principais causas de deficiência visual e cegueira, com cerca de 4,2 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil 2 milhões de pacientes apresentam retinopatia diabética necessitando de acompanhamento e quase 1 milhão necessitará de tratamento.
Pacientes portadores de diabetes também podem apresentar catarata mais precocemente e glaucoma. Outra complicação é a neuropatia diabética, que pode causar estrabismo, visão dupla e baixa de visão devido a neurites. Ao contrário da catarata, a diabete é causa de cegueira irreversível. Geralmente bilateral e acometendo indivíduos ainda com grande potencial de trabalho, traz enorme prejuízo socioeconômico e sofrimento com diminuição radical da qualidade visual e de vida.
A retinopatia diabética está relacionada ao controle inadequado da glicemia (níveis de açúcar no sangue), doenças concomitantes (hipertensão arterial) e principalmente o tempo de duração do diabetes. Mesmo com controle rigoroso da glicemia, pode haver surgimento e piora da retinopatia diabética após anos de doença. Por isso a avaliação oftalmológica periódica da retina, através do exame do fundo de olho, é mandatória para todo portador de Diabetes.
A retinopatia diabética pode ser classificada em 2 tipos: a retinopatia diabética não proliferativa e proliferativa. A não proliferativa é a forma inicial e mais leve, podendo ser tratada, na maioria das vezes, apenas com o controle rigoroso da doença sistêmica. Nesta fase os pacientes apresentam alterações como microaneurismas, pequenos sangramentos e exsudatos (depósitos de lipídios) na retina. Pode progredir para a retinopatia proliferativa que apresenta neovascularização retiniana, que é a formação de novos vasos defeituosos e frágeis, que levam a sangramento importante ou até mesmo descolamento de retina e glaucoma.
Os fatores de risco incluem pior controle glicêmico, dislipidemia (colesterol elevado), hipertensão arterial descontrolada e sedentarismo. A retinopatia diabética pode ser silenciosa e não causar qualquer sintoma até o quadro avançado. Assim, muitos pacientes são diagnosticados tardiamente, com pior evolução. Por esse motivo todo paciente diabético deve realizar acompanhamento periódico, e a frequência do exame determinada pela a severidade do quadro, podendo ser anual, semestral ou trimestral. O tema prossegue na próxima terça-feira.
Uma epidemia de diabetes mellitus (DM) está em curso. Atualmente, estima-se que a população mundial com diabetes seja da ordem de 387 milhões e que alcance 471 milhões em 2035.
Cerca de 80% desses indivíduos vivem em países em desenvolvimento, onde a epidemia tem maior intensidade e há crescente proporção de pessoas acometidas em grupos etários mais jovens, as quais coexistem com o problema que as doenças infecciosas ainda representam.
O número de diabéticos está aumentando em virtude do crescimento e do envelhecimento populacional, da maior urbanização, da progressiva prevalência de obesidade e sedentarismo, bem como da maior sobrevida de pacientes com DM. Quantificar o predomínio atual de DM e estimar o número de pessoas com diabetes no futuro.
Eduardo Novais, Fellow de Retina na Tufts University, Boston, EUA. E Rubens Belfort Jr., Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, apresentam um estudo sobre um tema de grande importância na área médica no campo da oftalmologia, a retinopatia diabética. Aqui transcrito uma sinopse de seu trabalho baseado em vários estudos da especialidade.
A retinopatia diabética é a complicação microvascular causada pelo diabetes (tipo I, tipo II e diabetes gestacional). Com o aumento da prevalência global se tornou uma das principais causas de deficiência visual e cegueira, com cerca de 4,2 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil 2 milhões de pacientes apresentam retinopatia diabética necessitando de acompanhamento e quase 1 milhão necessitará de tratamento.
Pacientes portadores de diabetes também podem apresentar catarata mais precocemente e glaucoma. Outra complicação é a neuropatia diabética, que pode causar estrabismo, visão dupla e baixa de visão devido a neurites. Ao contrário da catarata, a diabete é causa de cegueira irreversível. Geralmente bilateral e acometendo indivíduos ainda com grande potencial de trabalho, traz enorme prejuízo socioeconômico e sofrimento com diminuição radical da qualidade visual e de vida.
A retinopatia diabética está relacionada ao controle inadequado da glicemia (níveis de açúcar no sangue), doenças concomitantes (hipertensão arterial) e principalmente o tempo de duração do diabetes. Mesmo com controle rigoroso da glicemia, pode haver surgimento e piora da retinopatia diabética após anos de doença. Por isso a avaliação oftalmológica periódica da retina, através do exame do fundo de olho, é mandatória para todo portador de Diabetes.
A retinopatia diabética pode ser classificada em 2 tipos: a retinopatia diabética não proliferativa e proliferativa. A não proliferativa é a forma inicial e mais leve, podendo ser tratada, na maioria das vezes, apenas com o controle rigoroso da doença sistêmica. Nesta fase os pacientes apresentam alterações como microaneurismas, pequenos sangramentos e exsudatos (depósitos de lipídios) na retina. Pode progredir para a retinopatia proliferativa que apresenta neovascularização retiniana, que é a formação de novos vasos defeituosos e frágeis, que levam a sangramento importante ou até mesmo descolamento de retina e glaucoma.
Os fatores de risco incluem pior controle glicêmico, dislipidemia (colesterol elevado), hipertensão arterial descontrolada e sedentarismo. A retinopatia diabética pode ser silenciosa e não causar qualquer sintoma até o quadro avançado. Assim, muitos pacientes são diagnosticados tardiamente, com pior evolução. Por esse motivo todo paciente diabético deve realizar acompanhamento periódico, e a frequência do exame determinada pela a severidade do quadro, podendo ser anual, semestral ou trimestral. O tema prossegue na próxima terça-feira.