Lua, filha de Tiago Leifert e Daiana Garbin, está com câncer. O apresentador e a jornalista disseram, em vídeo publicado no Instagram neste sábado (29), que a pequena está com retinoblastoma, tipo raro de tumor nos olhos.
“É um câncer que acontece nas células da retina. Elas acabam tendo um crescimento desordenado e formando tumores. No caso da nossa filha, é bilateral. É muito difícil descobrir esse câncer e é por isso que estamos gravando esse vídeo”, explicou Garbin.
Entenda o que é a doença:
Leia mais:1. O que é a retinoblastoma?
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), é um “tumor maligno originário das células da retina, que é a parte do olho responsável pela visão, afetando um ou ambos os olhos”. A doença ocorre, geralmente, antes dos 5 anos de idade.
2. Quais são os sintomas?
O instituto, órgão auxiliar do Ministério da Saúde no desenvolvimento e na coordenação das ações para a prevenção e o controle do câncer no Brasil, explica que o principal sintoma é um “reflexo brilhante no olho doente”.
“É parecido com o brilho que apresentam os olhos de um gato quando iluminados à noite. As crianças podem ainda ficar estrábicas (vesgas), ter dor e inchaço nos olhos ou perder a visão”, explica o Inca.
De acordo com Rodrigo Munhoz, médico oncologista do Hospital Sírio Libanês, o “olho de gato” não é um sinal que passa tão despercebido pelos pais.
“Ele aparece muito em flashes de fotografia hoje, como se usa muito fotografia de celular, às vezes fica patente. Ele é um tumor que nasce ali na região da retina, e ele cresce o causando esse reflexo esbranquiçado. Qualquer iluminação direta pelo olho da criança faz com que se perceba uma diferença, uma assimetria entre o olho acometido pelo tumor e o olho saudável”, explica.
3. Como ocorre o diagnóstico?
O médico faz um exame do fundo de olho com a pupila dilatada do paciente e, segundo o Inca, não se deve realizar uma biópsia. Além disso, “todos os pacientes devem passar por estudo de aconselhamento genético para identificação de casos que são hereditários”.
“Se outras pessoas da família já tiveram o tumor, as crianças devem ser examinadas por um oftalmologista experiente desde a hora do nascimento, e durante os primeiros anos de vida, para que o diagnóstico seja o mais precoce possível”.
4. O que pode causar o câncer?
De acordo Munhoz, acontece de duas formas:
“Quando é um tumor que aconteceu ocasionalmente por uma transformação aleatória daquelas células, o que é um azar. Na outra, que é importante na retinoblastoma, é que em um terço dos casos existe uma predisposição genética, existe a manifestação da retinoblastoma como consequência de uma alteração do DNA que aumenta o risco desse tipo de câncer”, disse.
Segundo o médico, o diagnóstico do segundo tipo é importante pois em caso hereditário — passado de pai ou mãe para filho — há chance de recorrência da doença no caso de um nova gravidez.
5. Como é o tratamento?
Tumores menores podem ser tratados de forma especial e sem que a criança tenha uma perda da visão. Em casos mais avançados, o olho precisa ser retirado e o paciente acaba passando por quimioterapia ou radioterapia.
“Ele tem uma história natural mais agressiva. Não é dos cânceres mais agressivos, existe um outro tumor dramático pediátrico, que chama linfoma de Burkitt, que cresce em dias, mas o retinoblastoma é um tumor que tende a ter um comportamento mais agressivo, um crescimento mas rápido sim. O retinoblastoma precisa ser cuidado precocemente”.
(Fonte: G1)