Correio de Carajás

Repórter Correio

Enchente

O nível Rio Tocantins apresentou estabilidade nas últimas 48 horas, o que foi um alívio na visão das autoridades locais, porém, segundo o Boletim de Vazões e Níveis da Eletronorte, a tendência é de que siga subindo. Ontem a régua fluviométrica marcava 11,69 em Marabá, mas deve ir a 11,80 até a segunda-feira, dia 10.

Chuvas

Leia mais:

As chuvas frequentes e volumosas continuam previstas para a nossa região. Este é o panorama de tendência divulgado pelo Núcleo de Monitoramento Hidrometeorológico da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). As chuvas intensas, principalmente nas regiões sul e sudeste paraense, serão ocasionadas pelo grande fluxo de umidade causado pela zona de convergência do Atlântico Sul aliado com a chegada da zona de convergência intertropical. A expectativa é que ocorra o volume de chuvas acima de 100 mm nos próximos sete dias.

Em alta

Saulo Carvalho, coordenador do Núcleo de Monitoramento Hidrometeorológico, explica que a tendência é que o rio Tocantins mantenha o nível elevado. “Todas as chuvas que vão cair nas bacias e cabeceiras dos rios Araguaia e Tocantins, que abrangem os estados do Pará, Maranhão, Goiás, Tocantis e Mato Grosso, vão influenciar a subida dos níveis do rio Tocantins, em Marabá”, alerta o coordenador.

Volume

O boletim climatológico, divulgado pela secretaria no início do mês, chama atenção sobre o volume de chuvas acima do esperado para janeiro em grande parte do território paraense. Para a região de Marabá, na porção norte do sudeste do estado, a previsão é de 300 a 400 mm nesse primeiro mês do ano.

Travessia

A empresa M Rodo Transportes deve retomar a operação de suas duas balsas no Rio Araguaia nos próximos dias, entre São Geraldo do Araguaia (PA) e Xambioá (TO). A concorrência à balsa da Pipes começou a ocorrer no ano passado, para comemoração dos motoristas que a depender do dia e horário amargam longa espera para a travessia. A ponte que o Dnit está construindo ali só fica pronta em setembro.

Sofrível

Ainda por falar em São Geraldo do Araguaia, a telefonia móvel celular, que historicamente sempre foi péssima, segue tirando a paciência dos usuários. A brincadeira entre os moradores é de que é necessário ter pelo menos 2 celulares de dois chips e ter à mão Oi, Claro, Tim e Vivo, ao mesmo tempo. A depender do ponto da cidade uma ou outra tem melhor sinal.

Línguas indígenas

O Brasil não tem um mapeamento das línguas indígenas faladas no nosso território. Mas no Pará, o segundo maior estado da região amazônica, uma pesquisa identificou 34 línguas indígenas faladas no estado. Realizado pela UFPA, Universidade Federal do Pará, o estudo faz parte do projeto “As línguas indígenas no Pará em 2021: fraturas do contemporâneo”. Além disso, busca elaborar um inventário sobre as línguas indígenas faladas, atualmente, em todo o estado.

Línguas indígenas II

Esta foi a primeira etapa da pesquisa, realizada durante sete meses de 2021. Encabeçado pelo Grupo de Estudos, Mediações, Discursos e Sociedades Amazônicas, da UFPA, o levantamento teve a colaboração de acadêmicos das Universidades Federais Rural da Amazônia e do Oeste do Pará. A ideia do projeto, era construir um mapa interativo e um documentário, tratando da localização de cada terra indígena e com informações sobre o número de falantes de cada língua, o tronco linguístico a que as línguas pertencem, e sobre as origens genéticas indefinidas de algumas delas.

Pequenas empresas

O presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente, nesta sexta-feira (7), o projeto que instituía o Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional (Relp). A medida havia sido instituída pelo Projeto de Lei Complementar 46, aprovado em dezembro pela Câmara dos Deputados, e que permitia a renegociação de cerca de R$ 50 bilhões em dívidas de microempreendedores individuais e de empresas participantes do Simples Nacional (regime tributário simplificado).

Veto

O veto foi uma recomendação da equipe econômica do governo federal. O Relp seria destinado às empresas endividadas. O contribuinte teria descontos sobre juros, multas e encargos proporcionalmente à queda de faturamento no período de março a dezembro de 2020 em comparação com o período de março a dezembro de 2019. Empresas inativas no período também poderiam participar. Depois dos descontos e do pagamento de uma entrada, o saldo restante poderia ser parcelado em até 180 meses, vencíveis em maio de cada ano. Entretanto, para dívidas com a Previdência Social, o parcelamento seria em 60 meses.