Correio de Carajás

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Verba pra devolver

A Prefeitura de Marabá terá de devolver R$ 986,3 mil ao Ministério da Saúde após não realizar nenhuma cirurgia eletiva ao longo de 2025, apesar de ter recebido recursos federais do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação destinados especificamente a esses procedimentos. Enquanto o dinheiro permaneceu parado, mais de oito mil moradores continuam aguardando na fila por cirurgias não urgentes, como vesícula, hérnia, ortopédicas e ginecológicas. O município tinha até o dia 20 do mês passado para comprovar a execução das ações, mas como nada foi feito, será obrigado a devolver a verba integral até 31 de dezembro. Até o momento não houve qualquer justificativa ou posicionamento do prefeito da cidade, Toni Cunha (MDB), sobre a situação.

 

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Biografia Neuton Miranda

A Imprensa Oficial do Estado do Pará (IOEPA), lançou o Edital Cesar Leite, nesta terça-feira, 9, na UNIFESSPA, Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, em Marabá.  Através do Edital, será publicada uma coletânea de 10 a 15 artigos sobre a ditadura na Amazônia, numa parceria entre a IOEPA e a Universidade Federal do Pará (UFPA). No evento, foi lançada a biografia do político marabaense Neuton Miranda: “Memórias de Resistência e Luta por Liberdade Política”, organizada pela professora doutora Leila Mourão e pelo jornalista e escritor Ismael Machado. São 493 páginas de informações que levarão ao leitor um pouco dos tempos sombrios nos anos de chumbo da ditadura militar, no Brasil, pela trajetória de um jovem líder estudantil que viveu na clandestinidade e se transformou num dos grandes políticos paraenses.

Acordo para Carajás

A Vale, a Caterpillar e a Sotreq assinaram um acordo para a expansão da frota de caminhões fora de estrada autônomos nas operações de minério de ferro no Sistema Norte, na região de Carajás. A ampliação da tecnologia será gradual nos próximos cinco anos nas unidades de Serra Norte e Serra Sul, elevando ainda mais a eficiência operacional, os padrões de segurança e a sustentabilidade da empresa. A implantação será acompanhada de um plano para desenvolver os empregados, preparando-os para atuar em funções estratégicas no ambiente digital.

Acordo para Carajás II

Atualmente, a operação de Sistema Norte conta com 14 caminhões fora de estrada autônomos, com capacidade para carregar até 320 toneladas. Esse novo acordo amplia a frota para aproximadamente 90 caminhões autônomos até 2028 na região, operados pela tecnologia Cat® MineStar™ Command para transporte, acrescentando também veículos de 400 toneladas.

Prevenção ao HIV

O Hospital Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá, promoveu, na terça-feira (9), palestras educativas voltadas aos usuários em alusão ao Dezembro Vermelho, que visa a conscientização sobre o HIV, a Aids e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A iniciativa reforçou a prevenção, o acesso à informação e o cuidado integral como estratégias para proteger vidas e reduzir o estigma.

Sem petróleo na Amazônia

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou um pedido à Justiça, na última sexta-feira (5), que reforça e complementa ação civil pública movida originalmente por oito organizações da sociedade civil contra o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Petrobras e a União. No documento, o MPF reforça o pedido de nulidade da Licença de Operação (LO) nº 1.684/2025, concedida à estatal para perfuração exploratória no Bloco FZA-M-59, na Bacia da Foz do Amazonas, citando graves deficiências técnicas, climáticas e violações de direitos de comunidades tradicionais.

 

Falhas na licença

Um dos pontos centrais levantados pelo MPF é a ocorrência de “vícios [falhas] de escopo e tempo”. Segundo o órgão, a condicionante (nos licenciamentos, as obrigações são chamadas de condicionantes) 2.1 da licença autorizava originalmente apenas a perfuração do poço “Morpho”. Contudo, apenas um dia após a emissão, a Petrobras solicitou — e o Ibama acatou — a inclusão de três “poços contingentes” (Manga, Maracujá e Marolo). Para o MPF, essa alteração contradiz o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que condicionava novos poços aos resultados da primeira perfuração, e transforma a licença em uma “carta em branco”, permitindo à Petrobras decidir discricionariamente onde perfurar.