Na base do veto
Calcado em seus aliados entre os vereadores da composição do atual Legislativo, o prefeito Toni Cunha (PL) vai enterrando, ou tentando, todos os projetos que visam melhorar algo na vida do povo de Marabá. Se for bom e não tiver sido proposto pelo próprio governo, ele quer seus “seguidores” votando contra ou, em última instância, ele mesmo veta na canetada, depois de aprovado na Câmara Municipal. Já fez isso em leis que beneficiariam servidores públicos e melhorias ao homem do campo.
Na base do veto II
Leia mais:Vejamos: seis vereadores da base aliada ao prefeito de Marabá — Dean Guimarães (PSD), Marcos Andrade (PSD), Cabo Rodrigo (PL), Orlando Elias (PSB), Priscila Veloso (PSD) e Jimysson Pacheco (PL) — votaram para manter o veto a um projeto de lei que criaria uma política de incentivo à energia solar para produtores rurais do município.
Na base do veto III
O projeto, de autoria do vereador Marcos Paulo da Agricultura (PDT), tinha como objetivo reduzir os custos de produção no campo, utilizando energia limpa para alimentar sistemas de irrigação, galpões, casas de farinha e resfriadores de leite, além de beneficiar famílias da zona rural que ainda não possuem acesso à rede elétrica.
Campo
A Secretaria de Agricultura já dispõe de 50 bombas e 50 placas solares prontas para serem entregues aos produtores, mas que agora permanecem guardadas devido ao bloqueio político. O vereador autor do projeto lamentou a decisão, afirmando que a Câmara barrou uma oportunidade de desenvolvimento e autonomia para o homem do campo por campo por questões de acordos políticos.
AgriZone
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, receberam o governador do Pará, Helder Barbalho, na AgriZone, a Casa da Agricultura Sustentável. O espaço, montado na Embrapa Amazônia Oriental durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), foi palco de reuniões bilaterais e diálogos com delegações internacionais, pesquisadores e representantes do setor produtivo. Durante a visita, Fávaro e Massruhá apresentaram ao governador os principais estandes e vitrines tecnológicas do local.
AgriZone II
A estrutura reuniu demonstrações de sistemas produtivos, experiências imersivas e painéis sobre o uso sustentável do solo no Brasil. Para Fávaro, o ambiente representou uma oportunidade única de aproximar o mundo real da pesquisa. “Aqui tivemos a oportunidade de mostrar de fato o mundo real. E nós inovamos. Foi o primeiro país do mundo que levou tecnologias da agropecuária dentro do centro de pesquisa”, afirmou. A presidente da Embrapa destacou a importância da presença do governador e da parceria tripartite entre Mapa, Embrapa e Governo do Pará para viabilizar o espaço.
Violência na Amazônia
O avanço do crime organizado traz uma série de consequências danosas para moradores da Amazônia Legal, segundo a 4ª edição do Cartografias da Violência na Amazônia, estudo divulgado esta semana. A pesquisa aponta que a atuação de facções como o Comando Vermelho (CV) resultou em aumento do uso de óxi, droga considerada mais forte que o crack, e até no surgimento de “minicracolândias” em cidades da região da tríplice fronteira com Peru e Colômbia, como Tabatinga e Benjamin Constant, no Amazonas. “Pelo menos na região do Alto Solimões, esse é um problema que tem afetado principalmente comunidades indígenas que estão em regiões periurbanas (entre a zona rural e ambientes urbanos)”, afirma ao Estadão David Marques, gerente de projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Violência na Amazônia II
O Cartografias da Violência na Amazônia, um dos estudos mais robustos sobre o avanço do crime organizado na região de floresta, é produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com entidades como os institutos Mãe Crioula e Clima e Sociedade. O material apontou que 17 facções criminosas têm presença ativa na Amazônia Legal, incluindo três grupos estrangeiros. Elas estão em quase metade das 772 cidades da região. O foco principal é o tráfico internacional, mas a presença desses grupos também tem acarretado em consequências diretas à população.