Prefeito na berlinda
Conforme adiantado pelo CORREIO na última edição, a Câmara de Marabá recebeu uma grave denúncia formal contra o prefeito Toni Cunha (PL). São várias as denúncias, aliás, formuladas por uma cidadã marabaense e que compõem um documento de mil páginas. O Legislativo acatou o recebimento da denúncia por 12 votos, a oito e uma abstenção e constituiu uma Comissão Processante. O Jornal levantou que apenas nesta quinta-feira (12) é que o gesto deverá ser oficialmente notificado, o que abrirá o prazo de 10 dias para a sua defesa preliminar. A comissão tem 90 dias para apresentar um relatório ao plenário, encaminhando ou não um pedido de cassação do prefeito, caso as denúncias sejam comprovadas.
Comissão
Leia mais:Os três membros da comissão foram definidos em sorteio do qual participaram todos os 21 vereadores. Ironicamente, ela será presidida por Jimysson Pacheco (PL), que apesar de ser do partido do prefeito, tem se colocado como figura neutra no parlamento, principalmente depois de uma tentativa de Toni de manchar a sua reputação junto à opinião pública. Os demais membros são: Maiana Stringari (PDT), relatora e Pedrinho Corrêa (PRD).
Próximos passos
O CORREIO falou com Pacheco nesta quarta-feira e, questionado sobre o ritmo de trabalho da comissão, ele respondeu que isso será condicionado pela resposta do prefeito no documento que apresentar em sua defesa. É possível que o mesmo apresente documentos e liste testemunhas, e estas deverão ser ouvidas pela comissão em reuniões que devem acontecer na sala das comissões da CMM. A autora da acusação também deverá ser ouvida.
Coação?
Em entrevista à Correio FM na manhã desta quarta-feira (11), o presidente da Câmara, Ilker Moraes (MDB), fez uma grave revelação ao expor que o Toni Cunha tentou interferir nos ritos da Casa de Leis, por meio da presença do seu chefe de Gabinete, Marcone Leite, nos bastidores da CMM. Ilker diz que não deu voz de prisão ao enviado do prefeito, apenas pelo fato de que naquele momento da Sessão, a denúncia ainda não havia sido acatada. Mas na visão do presidente, essa interferência foi clara e é reprovável. A coluna não conseguiu ouvir Marcone sobre o ocorrido.
Segurança
Ilker Moraes também revelou que está solicitando segurança para os vereadores da Casa nesse período, diante do acirramento dos ânimos e das reiteradas ameaças veladas, na visão dele, praticadas pelo prefeito.
Denúncia
O prefeito será investigado por compra de R$ 2 milhões em injetáveis sem licitação, o que teria favorecido empresa que negociou com a prefeitura. Também por requisição administrativa do hospital particular Santa Terezinha sem decreto de situação de emergência, gerando inclusive uma dívida de mais de R$ 111 mil que nunca foi paga junto àquela empresa. Terá de se explicar ainda pela contratação de lâmpadas de LED de uma empresa do Rio Grande do Norte, pagando mais caro do que o valor considerado normal.
Denúncia II
A denúncia versa, ainda, sobre pintura de sinalização viária sem o devido procedimento legal. O quinto ponto da denúncia é a possível quebra de decoro por parte do prefeito, principalmente por ter acusado, sem provas, vereadores de pedirem favores ilegais. “Durante a Comissão Processante, o prefeito terá toda a oportunidade de provar as acusações que fez”, observa Ilker Moraes. A primeira versão de Toni Cunha sobre os fatos, consta em reportagem em outra página desta edição do CORREIO.
Audiência Pública
Comerciantes do complexo São Félix, em Marabá, anunciaram para esta manhã de quinta-feira (12), a realização de uma Audiência Pública para tratar de problemas estruturais daquela região e que impactam a economia local. Na lista: problemas de mobilidade urbana, como transporte público, trânsito, acessibilidade, além da segurança. Terá início às 9h30, no Auditório do SEST SENAT, lá mesmo no São Félix. Além da comunidade, foram convidados representantes de órgãos e o Ministério Público.
Contra o crime
Uma operação foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (11) com o objetivo de cumprir mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra suspeitos de integrar uma facção criminosa. Batizada de “Provisão”, a ação ocorreu simultaneamente em Belém, Ananindeua, Benevides, Tracuateua e Abaetetuba, além de cidades em outros estados como Recife em Pernambuco, Palhoça e Blumenau, em Santa Catarina.
Contra o crime II
De acordo com a polícia, 14 pessoas foram presas. Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos celulares, uma grande quantidade de drogas, dinheiro em espécie e munições. Em alguns imóveis, os proprietários foram autuados em flagrante.