Correio de Carajás

Repórter Correio

Apenas almoço

O prefeito de Marabá, Toni Cunha, foi à Serra dos Carajás na terça-feira (18/2), anunciando que teria uma reunião com o presidente da Vale, Gustavo Pimenta, e que discutiria com ele pautas de interesse de Marabá. Ocorre que tal encontro era apenas um almoço, sem qualquer reunião de trabalho e envolveu outros prefeitos convidados, no caso: Josemira Gadelha, de Canaã dos Carajás e Aurélio Goiano, de Parauapebas. A recepção a eles se deu na Casa de Hóspedes da Vale e foi descrita pela assessoria da empresa apenas como uma agenda institucional. O CEO da mineradora não discutiu nada em particular com nenhum dos convidados sobre as demandas dos Municípios.

50 dias

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Ao completar 50 dias do governo de Marabá, aliás, a cada instante fica mais clara a falta de foco e sequer de plano para resolução de problemas que, em campanha, eram sempre mencionados como “simples” e que seriam sanados já no primeiro mês de governo. Uma dessas promessas era em relação a zerar a fila de cirurgias e também qualificar a realidade do atendimento no HMM e no HMI. Nada disso aconteceu. Curiosamente, as bravatas que antes pareciam firmeza e capacidade de agir, foram desaparecendo, trocando de lugar com os apontamentos de que o “antecessor é que não resolveu”.

De novo?

Só para constar: a preocupação com o tema “saúde” é tão grande e tão prioritária no governo Toni Cunha, que este mês, mais uma vez, o município atrasou o pagamento dos médicos. Isso já havia acontecido no primeiro mês e só foi sanado depois que este mesmo Repórter Correio denunciou publicamente. Na época, o gestor ainda mentiu nas redes sociais, afirmando que não devia a ‘seu ninguém’.

Ação

Enquanto o governo de Marabá segue perdido sobre o que fazer para encarar os grandes problemas do Município, entre eles a saúde pública, coube ao Conselho Municipal de Saúde assumir um papel que deveria ser – por óbvio – do prefeito ou do seu secretário da pasta: ir a Brasília atrás de apoio Federal. E assim, o presidente do órgão, Diorgio Santos, acompanhado do conselheiro Anderson SadocK, foi recebido por Dell Viana, superintendente do Ministério da Saúde. Na pauta, a situação da saúde pública no município e a insuficiência da frota de ambulâncias do SAMU. Recentemente foi revelado que apenas dois veículos estão em funcionamento para dar conta de cobrir toda a cidade.

Ação II

Durante a reunião, Diorgio Santos expôs as deficiências na infraestrutura hospitalar, como a escassez de leitos para atender à crescente demanda, e a falta de profissionais para o atendimento 24 horas na sala de ultrassonografia, essencial para o acompanhamento de gestantes. Ao final da reunião, ficou acordado que o Ministério buscará soluções para as demandas apresentadas.

Bombeiros

O 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros (GCB) em Marabá recebeu uma nova e moderna viatura de combate a incêndio. O veículo chegou ontem, junto com outros equipamentos que devem qualificar a atuação dos heróis do fogo.

OAB

A OAB Subseção Marabá marcou para o dia 27 de fevereiro, às 18h30, a solenidade de posse da nova diretoria da entidade, para a qual o advogado Rodrigo Botelho foi reeleito presidente. Será no Plenário da Câmara Municipal.

ANS e os planos

No último dia 10, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deu o primeiro passo do que pode ser uma mudança drástica no mercado dos planos de saúde. A autarquia aprovou a realização de uma consulta pública sobre a implementação, em caráter experimental, de um tipo de plano barato e com cobertura baixíssima. Não permite atendimentos de emergência nem internações. Não inclui tratamento para câncer, autismo ou outras condições médicas, tampouco exames essenciais para a detecção de doenças graves, como tomografias e ressonâncias.

ANS e os planos II

No jargão técnico, o que a ANS pretende fazer se chama sandbox regulatório – uma medida por meio da qual as agências reguladoras flexibilizam normas e permitem que empresas privadas (no caso, as operadoras de planos de saúde) testem uma nova prática por um determinado período de tempo sem risco de serem punidas. O “plano para consultas médicas estritamente eletivas e exames”, como a ANS vem chamando a nova modalidade, atende a um pleito antigo das empresas do setor. A decisão foi aprovada por unanimidade pela diretoria colegiada da ANS e anunciada como uma boa notícia.