O Clube do Remo sagrou-se campeão do Campeonato Paraense de Futebol de 2025 na tarde deste domingo, 11 de maio, em uma final histórica e repleta de emoção contra seu arquirrival, o Paysandu. Disputado no Estádio Mangueirão, que recebeu mais de 40 mil torcedores apaixonados, o clássico Re-Pa 778 terminou com a vitória do Paysandu por 1 a 0 no tempo regulamentar, igualando o placar agregado da final em 3 a 3. A decisão, então, foi para as cobranças de pênaltis, onde o Leão Azul levou a melhor, vencendo por 6 a 5 e garantindo seu 48º título estadual.
O Jogo: Tensão e Alternâncias do Início ao Fim
A partida começou com o Paysandu buscando reverter a vantagem do Remo, que havia vencido o primeiro jogo da final por 3 a 2. O primeiro tempo foi marcado por equilíbrio e chances para ambos os lados. O Paysandu pressionou nos minutos iniciais, com Leandro Vilela obrigando o goleiro remista Marcelo Rangel a fazer boa defesa. O Remo respondeu com perigo, especialmente com o atacante Pedro Rocha, que desperdiçou uma grande oportunidade ao finalizar por cima do gol. Aos 18 minutos, Vilela, do Paysandu, perdeu uma chance clara dentro da pequena área. O goleiro bicolor, Matheus Nogueira, também teve trabalho, defendendo uma finalização forte de Pedro Rocha aos 24 minutos. O Remo ainda sofreu uma baixa com a lesão de Janderson, substituído por Kadu. Sob forte chuva no final da primeira etapa, Matheus Nogueira novamente salvou o Paysandu em chute de Pedro Rocha, garantindo o 0 a 0 no placar antes do intervalo.
Leia mais:O segundo tempo começou intenso. Logo no início, Pedro Rocha, pelo Remo, parou em mais uma grande defesa de Matheus Nogueira. Aos 7 minutos, a tensão aumentou com a intervenção do VAR para analisar um possível toque de mão de Reynaldo, do Remo, dentro da área. Após longa checagem, o árbitro pernambucano Rodrigo Pereira assinalou pênalti para o Paysandu. Aos 14 minutos, Nicolas, conhecido como “Búfalo”, cobrou e, mesmo com Marcelo Rangel tocando na bola, abriu o placar para o Papão, incendiando a torcida bicolor e igualando o placar agregado da decisão em 3 a 3. A comemoração gerou um princípio de confusão, com Reynaldo e Quintana sendo amarelados.
O Remo não se abateu e partiu em busca do empate. A pressão azulina resultou em um pênalti a seu favor aos 38 minutos, após a bola tocar no braço de Bryan Borges, do Paysandu. No entanto, o atacante Adaílton, que havia entrado no segundo tempo, cobrou e parou em uma defesa espetacular de Matheus Nogueira, que voou no canto esquerdo para evitar o gol remista e se consagrar como um dos heróis do tempo normal. Com o placar de 1 a 0 para o Paysandu ao final dos 90 minutos, a decisão do Parazão 2025 foi para a dramática disputa de pênaltis.
Decisão nos Pênaltis: Brilho dos Goleiros e Frieza Azulina
A disputa por pênaltis foi um capítulo à parte, carregada de emoção e reviravoltas. O goleiro do Paysandu, Matheus Nogueira, continuou sua noite inspirada ao defender a primeira cobrança do Remo, batida por Pedro Castro. Pelo lado bicolor, Bryan Borges, André Lima, Leandro Vilela e Giovanni converteram suas cobranças, mas Benítez acertou a trave. Pelo Remo, Dodô, Pedro Rocha, Alvariño e Adaílton marcaram, levando a disputa para as cobranças alternadas após empate em 4 a 4 nas cinco primeiras séries.
Nas cobranças alternadas, Quintana colocou o Paysandu em vantagem. Marcelinho, com precisão, empatou para o Remo. Na sequência, Dudu Vieira, do Paysandu, teve sua cobrança defendida pelo goleiro Marcelo Rangel, que se tornou o herói remista. A responsabilidade da cobrança decisiva caiu nos pés do zagueiro Reynaldo. Com frieza, ele deslocou o goleiro Matheus Nogueira e converteu, selando a vitória do Remo por 6 a 5 nos pênaltis e o título do Campeonato Paraense de 2025.
A conquista marca o 48º título estadual do Clube do Remo, coroando uma campanha de superação e confirmando a força do Leão Azul no cenário do futebol paraense. A festa tomou conta do lado azulino do Mangueirão, celebrando mais um capítulo vitorioso na rica história do clássico Re-Pa.