Correio de Carajás

Reintegrações começam a partir de segunda-feira

No que pese os protestos e reuniões envolvendo representantes dos movimentos sociais que lutam pela terra, as reintegrações de posse das fazendas Cedro e Fortaleza vão acontecer na próxima segunda-feira (27). Para dar cabo a determinação da justiça, inclusive, os homens que integram o Comando de Missões Especiais (CME) chegam neste domingo (26) à região. A informação foi repassada ao Correio pelo juiz Amarildo José Mazutti, da Vara Agrária de Marabá.

Segundo ele, foi acertado durante reunião realizada na quinta-feira (23), no Fórum de Justiça, que as reintegrações serão acompanhadas de perícia feita por profissionais do Incra e do Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves, para garantir que seja devolvida aos fazendeiros a posse da terra referente à parte documentada, já que os movimentos sociais denunciam que parte das áreas ocupadas pertencem ao poder público.

O juiz disse ainda que os movimentos sociais poderão acompanhar as perícias, mas as famílias que hoje ocupam essas fazendas não vão poder ficar acampadas nas áreas que porventura estiverem sem cobertura documental e sejam contíguas às fazendas hoje ocupadas. A medida visa evitar possíveis conflitos.

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Ainda de acordo com o magistrado, nos dias 30 deste mês e 1º de dezembro serão realizadas audiências para definir a reintegração de posse de outras fazendas ocupadas na região. O objetivo dessas reuniões é dar mais tempo para os sem-terra saírem das áreas a fim de que os prejuízos financeiros sejam menores.

Sem-terra ganham apoio

Por outro lado, reitores de instituições públicas federais de ensino superior do Pará divulgaram, nesta sexta-feira (24), uma carta aberta repudiando a escalada de violência no campo e manifestando preocupação com as liminares de despejos que atingirão mais de 2 mil famílias de trabalhadores rurais sem-terra no sudeste paraense, incluindo acampamentos nos quais as famílias vivem da agricultura familiar e centenas de crianças frequentam a escola.

O documento aponta para a violação de direitos humanos fundamentais e alerta para o “fracasso do modelo de sociedade que pretendemos construir, caso não tenhamos força para interromper as repetidas barbaridades cometidas contra a vida de homens, mulheres, jovens e crianças do campo”. 

SÍNTESE – Reitores de instituições públicas federais de ensino superior do Pará divulgaram, nesta sexta-feira (24), uma carta aberta repudiando a escalada de violência no campo e manifestando preocupação com as liminares de despejos que atingirão mais de 2 mil famílias de trabalhadores rurais sem-terra no sudeste paraense.

(Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)

 

 

No que pese os protestos e reuniões envolvendo representantes dos movimentos sociais que lutam pela terra, as reintegrações de posse das fazendas Cedro e Fortaleza vão acontecer na próxima segunda-feira (27). Para dar cabo a determinação da justiça, inclusive, os homens que integram o Comando de Missões Especiais (CME) chegam neste domingo (26) à região. A informação foi repassada ao Correio pelo juiz Amarildo José Mazutti, da Vara Agrária de Marabá.

Segundo ele, foi acertado durante reunião realizada na quinta-feira (23), no Fórum de Justiça, que as reintegrações serão acompanhadas de perícia feita por profissionais do Incra e do Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves, para garantir que seja devolvida aos fazendeiros a posse da terra referente à parte documentada, já que os movimentos sociais denunciam que parte das áreas ocupadas pertencem ao poder público.

O juiz disse ainda que os movimentos sociais poderão acompanhar as perícias, mas as famílias que hoje ocupam essas fazendas não vão poder ficar acampadas nas áreas que porventura estiverem sem cobertura documental e sejam contíguas às fazendas hoje ocupadas. A medida visa evitar possíveis conflitos.

Ainda de acordo com o magistrado, nos dias 30 deste mês e 1º de dezembro serão realizadas audiências para definir a reintegração de posse de outras fazendas ocupadas na região. O objetivo dessas reuniões é dar mais tempo para os sem-terra saírem das áreas a fim de que os prejuízos financeiros sejam menores.

Sem-terra ganham apoio

Por outro lado, reitores de instituições públicas federais de ensino superior do Pará divulgaram, nesta sexta-feira (24), uma carta aberta repudiando a escalada de violência no campo e manifestando preocupação com as liminares de despejos que atingirão mais de 2 mil famílias de trabalhadores rurais sem-terra no sudeste paraense, incluindo acampamentos nos quais as famílias vivem da agricultura familiar e centenas de crianças frequentam a escola.

O documento aponta para a violação de direitos humanos fundamentais e alerta para o “fracasso do modelo de sociedade que pretendemos construir, caso não tenhamos força para interromper as repetidas barbaridades cometidas contra a vida de homens, mulheres, jovens e crianças do campo”. 

SÍNTESE – Reitores de instituições públicas federais de ensino superior do Pará divulgaram, nesta sexta-feira (24), uma carta aberta repudiando a escalada de violência no campo e manifestando preocupação com as liminares de despejos que atingirão mais de 2 mil famílias de trabalhadores rurais sem-terra no sudeste paraense.

(Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)