O secretário de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, apresentou nesta quarta-feira (8) aos deputados da comissão especial da reforma da Previdência dados segundo os quais a expectativa de vida após os 65 anos é semelhante em todas as regiões do país.
Críticos da reforma argumentam que a idade mínima de aposentadoria para homens (65 anos) e para mulheres (62) é avançada porque a sobrevida do brasileiro depois dessa faixa etária seria pequena para ele usufruir da aposentadoria.
De acordo com dados produzidos com base em números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentados por Marinho, após os 65 anos, a menor expectativa de sobrevida está na região Norte (82 anos) e a maior na região Sudeste (84,3 anos).
Leia mais:Marinho fez a apresentação em apoio à participação do ministro Paulo Guedes (Economia) na audiência da comissão especial da reforma. Segundo Guedes, o atual regime de Previdência está “condenado à falência”.
De acordo com os dados exibidos por Marinho aos deputados, a expectativa média de sobrevida após os 65 anos era de 77 anos em 1980. Para 2020, a projeção é 83,9 anos e, para 2060, 86,2 anos.
Além disso, afirmou o secretário, a taxa de fecundidade caiu muito entre 1960 (6,28 filhos em média por família) e 2010 (1,75) e, a partir daí, as projeções são de uma tendência de estabilidade. Em resumo, disse, os brasileiros estão vivendo mais e tendo menos filhos.
Dados sobre taxa de fecundidade apresentados pelo secretário Rogério Marinho aos deputados da comissão especial da Reforma da Previdência — Foto: Reprodução
Segundo o ministro Paulo Guedes, há 40 anos, havia 14 contribuintes por aposentado e, atualmente, são sete. “Quando os filhos e netos dos presentes pensarem em se aposentar, serão dois, três jovens para cada idoso”, afirmou na audiência da comissão.
(Fonte:G1)