A Polícia Civil, em conjunto com o Ministério Público do Estado do Pará, deu prosseguimento à Operação Assírios, com a prisão do procurador municipal de Redenção, advogado Sergio Luiz Santana, que estava foragido desde a deflagração da segunda fase da operação em 18 de outubro.
A Operação Assírios, coordenada pelos Delegados Tarsio Martins e Carlos Vieira e pelo Promotor Leonardo Caldas, investigou fraudes ocorridas na administração municipal de Redenção, com prejuízo superior ao valor de 15 milhões de reais, em sete procedimentos licitatórios referentes aos anos de 2013 a 2015, envolvendo agentes públicos, empresários e quatro empresas, que em conluio operavam uma espécie de cartel, com contratos administrativos vigentes até hoje, com diversos aditivos inclusive.
Leia mais:Decisões judiciais da Vara Criminal de Redenção bloquearam 21 milhões de reais do patrimônio dos indiciados, a primeira fase da operação foi deflagrada em 13 de setembro, quando mais de 80 policiais civis e do Ministério Público cumpriram 24 mandados judiciais de busca e apreensão na Prefeitura Municipal de Redenção, Secretaria de Obras, Sedes de empresas e residências de investigados, além da prisão dos empresários Carlos Henrique Machado, Luiz Henrique Pereira Machado e os agentes Públicos Sivaldo Alves de Souza e Valdeon Alves Chaves, nas cidades de Redenção, Rio Maria, Tailândia e Belém.
Em 18 de outubro foi deflagrada a segunda fase da operação, ocasião em que sete mandados judiciais de prisão foram simultaneamente cumpridos nos estados do Pará, Tocantins e Minas Gerais. Alessandro Dantas de Araujo, ex controlador geral do município, foi preso em Redenção/PA, Erlan Silva Cassimiro, foi preso em Rio Maria/PA, Patrícia de Sousa Gonçalves, presa em Parauapebas e Heloiza Helena Machado, presa em Uberlandia/MG.
O ex procurador geral do município de Redenção Sergio Luiz Santana, encontrava-se foragido, teve pedido de liberdade negado pela Justiça do estado e hoje foi preso no Hospital Regional de Redenção. Seguem foragidos ainda a empresária Keley Borges de Araújo e o ex secretário de obras do município Clainor Scalabrin.
O delegado Tarsio Martins explica que o nome da operação foi escolhido por conta do povo Assírio, importante civilização da antiguidade, ter sua economia baseada de forma muito importante em saques e expropriações, além de tributos forçados em tempos de guerra, o que se encaixou bem ao contexto de defraudações públicas investigado, no qual uma pequena coletividade de indiciados usurpou recursos públicos. (Ascom/PC)