📅 Publicado em 24/09/2025 16h08✏️ Atualizado em 25/09/2025 16h04
Mais uma vez nossa equipe de reportagem foi procurada pela família de um recém-nascido em Marabá, que enfrenta problemas no Hospital Materno Infantil (HMI). Isaquiel Santos é pai da pequena Dheyseree Nascimento da Silva, que nasceu no último dia 10, através de um parto normal, apesar de a mãe não ter passagem. Agora a criança está com uma lesão na coluna e uma clavícula quebrada. Além disso, a criança nunca foi submetida a uma ultrassonografia porque o HMI simplesmente não consegue fornecer esse atendimento à pequena paciente.
Isaquiel relata que, durante o parto, a criança ficou presa, de modo que o enfermeiro não conseguiu fazer a manobra para retirá-la e acabou torcendo o pescoço da criança. Nesse momento teve de pedir ajuda do médico. Foi aí que o problema se agravou.
“Quando o médico chegou, puxou pelo ombro da criança e nesse período a criança ficou sem oxigênio no cérebro; foi pra UTI, ficou internada durante 10 dias, foi quando a gente ficou sabendo que a criança estava com uma lesão na coluna e com a clavícula quebrada”, relata Isaquiel.
Leia mais:E agora a família de Dheyseree não consegue realizar os exames necessários para saber que tipo de tratamento ela precisa, pois o Hospital Materno Infantil da bilionária Marabá não dispõe de estrutura para isso.
“Pedem o exame pra fazer, mas o hospital não tem. Outra hora diz que tem o aparelho, mas não tem o médico; a gente fica sem saber o que faz. Já fui na delegacia, fiz Boletim de Ocorrência, fui no Ministério Público… Minha filha está sofrendo e provavelmente vai ter uma vida limitada por um erro médico”, lamenta Isaquiel.
Desde terça-feira (23), nós pedimos uma resposta para a prefeitura sobre o não funcionamento do aparelho de ultrassom 24h no HMI, mas até o momento não recebemos resposta alguma.
Por outro lado, o Ministério Público, também procurado, respondeu que essa deficiência dos ultrassons já foi diagnosticada e existem tratativas com o município para buscar resolver a situação extrajudicialmente. Mas, possivelmente, será preciso judicializar o caso, pois o problema persiste.
