Correio de Carajás

Rabeta atropela outra e piloto fica com perna quebrada

No início da noite deste domingo, 14, quando o sol já tinha desaparecido, duas rabetas se chocaram na volta da Praia do Tucunaré, o principal balneário de Marabá. No acidente, o piloto da embarcação que naufragou, Claudinor Souza Neves, teve a perna quebrada em dois lugares e foi socorrido imediatamente pela outra rabeta envolvida na colisão.

Quando chegaram à Orla, na Marabá Pioneira, o socorro foi prestado por uma ambulância do Corpo de Bombeiros, que fez o primeiro atendimento e encaminhou a vítima para o Hospital Municipal de Marabá.

No trajeto, Claudinor Neves, que é pescador, conversou com a Reportagem do CORREIO DE CARAJÁS e confessou que sua rabeta não tinha iluminação para facilitar ser vista por outras que estivessem no rio, e que a outra embarcação – se tinha sistema de luz – só ligou no momento da colisão. Ele contou que mora no Bairro São Félix e foi de lá para a Praia do Tucunaré para se divertir com a esposa e o filho, este último com apenas dois anos de idade e o único que estaria usando colete. “Só eu fiquei machucado. Não imaginava que poderia ocorrer um acidente tão sério com a gente”, disse.

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O sargento Wilson, do Corpo de Bombeiros, disse que sua equipe foi acionada via NIOP (Núcleo Integrado de Operações), com informação de que havia uma vítima de uma colisão entre duas embarcações. “Chegando aqui, identificamos um homem com lesão em um membro inferior esquerdo (tíbia e fíbula). Fizemos a imobilização e o levamos ao Hospital Municipal para avaliação médica”, disse.

Na avaliação do sargento Wilson, duas coisas essenciais faltaram para que o acidente não tivesse ocorrido: iluminação adequada e prudência por parte dos pilotos das duas embarcações.

Na manhã desta segunda-feira, a Reportagem entrou em contato telefônico com Claudinor Neves, que está no Hospital Municipal de Marabá à espera de cirurgia. Ele relembrou o acidente e revelou que o acidente ocorreu a poucos metros da Praia do Tucunaré, em frente à Barraca da Terezinha. “Depois que a rabeta maior bateu na minha e eu caí na água, um barco grande passou por cima de mim e da pessoa que veio me socorrer. Foi com a proteção de Deus que não aconteceu mais nada”, reconheceu.

Como pescador, acostumado a subir e descer o Rio Tocantins, Claudinor disse que sempre se confiou em sua habilidade e que não imaginava que algo tão perigoso pudesse acontecer de forma tão rápida como foi o acidente em que ele se envolveu. “Agora estou aqui no hospital aguardando para ser operado. Não deram previsão de quando será essa cirurgia”.

A Reportagem não conseguiu ouvir a versão do condutor ou ocupantes da outra embarcação, que não chegou a naufragar. (Ulisses Pompeu e Josseli Carvalho)